O Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15) da Guiné-Bissau, que ficou em segundo lugar nas legislativas de domingo segundo os resultados provisórios, anunciou hoje que apresentou várias reclamações junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Em conferência de imprensa, realizada depois de o partido mais votado -- Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) -- ter dito que respeitava os resultados provisórios que lhe davam uma maioria parlamentar, dois dirigentes do Madem apelaram à calma entre os seus apoiantes e prometeram reagir, mas só após a resposta da CNE às reclamações feitas.
O diretor da campanha eleitoral, Marciano Barbeiro, disse aos jornalistas que o Madem espera que a CNE "seja competente" para apreciar de "forma serena e tranquila" os elementos apresentados pelo movimento que, no seu entender, irão provar que os resultados eleitorais que lhe foram atribuídos "não são aqueles que, de facto, alcançou" nas urnas
Segundo Marciano Barbeiro, as Comissões Regionais de Eleições (CRE) não deram resposta a várias reclamações do Madem, como indica a lei eleitoral, que serão agora encaminhadas para a CNE pelo partido liderado por Braima Camará.
"Não temos motivos para pensar sequer que existirá alguém interessado em prejudicar o Madem", observou Marciano Barbeiro.
O representante na CNE do partido, criado há oito meses, Queba Djaité reforçou ainda que o Madem "apenas está a fazer o que prevê a lei" guineense, em caso de desacordo com os resultados eleitorais.
A lei eleitoral guineense prevê que os resultados definitivos sejam publicados entre sete a 10 dias após a votação.
Segundo os resultados provisórios oficiais hoje anunciados pela CNE, o Madem elegeu 27 dos 102 deputados ao próximo parlamento guineense.
De acordo com os resultados provisórios, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), alcançou 47 mandatos, o Madem 27, o Partido da Renovação Social (PRS) 21, a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU/PDGB) 5, a União para Mudança (UM) e o Partido da Nova Democracia (PND), todos com um deputado cada.
Fonte do PRS indicou à Lusa que o partido também só se vai pronunciar sobre os resultados após a publicação dos resultados definitivos.
Conosaba/Lusa
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