Cidade da Praia, 24 Jan (Inforpress) – O embaixador bissau-guineense em Cabo Verde disse que a manifestada visita do presidente em exercício da CPLP e Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, à Guiné-Bissau, seria um “momento histórico e de afirmação”.
Jorge Carlos Fonseca admitiu esta semana visitar a Guiné-Bissau, na qualidade de presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), depois de consultas internas que não excluem os partidos políticos e se não houver objecções por parte dos principais protagonistas políticos guineenses.
Reagindo nesta entrevista à Inforpress, M´Bala Alfredo Fernandes, mesmo assumindo não ter “assim tanta informação” sobre esta possível deslocação de Jorge Carlos Fonseca à Guiné-Bissau, arrematou que será “uma visita muito importante, com uma carga simbólica que muitas pessoas não estão a perceber”.
“É o momento ímpar da reconversão e de reafirmação da CPLP na arena política, junto dos seus parceiros da Guiné-Bissau”, acrescentou o diplomata, acrescentando que, se acontecer, esta visita seria “um momento histórico”. Segundo M´Bala Alfredo Fernandes, a ida do Presidente Jorge Carlos Fonseca é vista na Guiné-Bissau como uma “visita de trabalho e de amizade”, que se insere no quadro da CPLP. “Significa que Jorge Carlos Fonseca vai lá dar uma mãozinha, num momento interessante da vida política da Guiné-Bissau”, reforçou.
“Nós conhecemo-los como é que ele é. Um homem aberto, é um homem de diálogo, é um homem sensível. Nós sabemos que é um comunicador nato. É uma honra levar a amizade para um povo irmão”, ajuntou o embaixador, chamando a importância de esta visita acontecer antes das campanhas legislativas para as eleições marcadas para 10 de Março deste ano. É que segundo defendeu, “a presença de Jorge Carlos Fonseca é para atenuar, demonstrar a amizade da CPLP e de tentar afirmar a CPLP no contexto actual”. “Nós estamos dispostos, alegres a recebe-lo, no contexto em que sugeriu a visita, que é de carácter de amizade e de trabalho. Nós sabemos que as nossas autoridades terão essa sensibilidade para com um governante de um país irmão e, principalmente, no âmbito da CPLP”, prosseguiu.
M´Bala Alfredo Fernandes disse ainda que essa possível visita é tida como “uma oportunidade histórica para a CPLP”, isto tendo em conta que a mesma já não se insere no quadro das organizações (CEDEAO, União Africana, União Europeia e Nações Unidas) que estão na Guiné-Bissau trabalhando para a promoção da paz. É de referir que quando manifestou o desejo de visitar Guiné-Bissau, Jorge Carlos Fonseca disse que dentro de poucos dias terá elementos e condições para uma “decisão definitiva”, ao mesmo tempo que pontuou que aquele país precisa de tranquilidade para que os seus cidadãos beneficiem do progresso a que têm direito. Jorge Carlos Fonseca desejou, igualmente, que depois de 10 Março, a Guiné-Bissau retome o caminho da normalidade institucional e encete os caminhos do progresso.
GSF/CP Inforpress/Fim
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