O embaixador português na Guiné-Bissau, António Leão da Rocha, considerou que o país "não parece estar de todo perto da estabilidade política e institucional", durante uma conferência que decorre esta tarde em Lisboa.
"O país não parece estar de todo perto da estabilidade política e institucional", disse o diplomata durante a sessão de abertura da Conferência anual "Governança e Mercado: Região da CEDEAO", organizada pelo Centro de Estudos Africanos do Instituto de Ciências Sociais e Políticas e pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal - Guiné-Bissau.
"Apesar do esforço, não há Governo reconhecido por todos", vincou o diplomata, lembrando a "prolongada crise com mais de um ano e meio e que resultou da demissão do primeiro Governo constitucional nesta legislatura".
O diplomata português deixou, no entanto, "uma nota positiva" que surge das "perspetivas otimistas apresentadas pelo banco central da Guiné-Bissau e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), fundamentadas na boa campanha do caju em 2016, pelo controlo de gastos e fortalecimento das finanças públicas".
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) é um agrupamento económico constituído por 15 países: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
De acordo com os dados publicados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no último relatório sobre a economia mundial, em outubro, a CEDEAO tem uma riqueza de 675 mil milhões de dólares, e engloba os lusófonos Cabo Verde, com uma Produto Interno Bruto de cerca de 1,6 mil milhões, e a Guiné-Bissau, com 1,05 milhões de dólares.
Conosaba com Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário