O PAIGC e o PRS, os dois partidos mais representados no Parlamento da Guiné-Bissau, reúnem-se novamente quarta-feira no âmbito de busca de soluções à crise política que assola o país há vários meses, disseram à Lusa fontes partidárias.
Segundo as fontes, a retoma do diálogo entre o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS), tem sido incentivada pela sociedade civil guineense, nomeadamente as igrejas católica e muçulmana, bem como pela comunidade internacional.
Os partidos andam de costas voltadas desde agosto de 2015 quando terminou o entendimento que existia entre ambos e que ditou a formação de um Governo que incluía dirigentes dos dois lados.
Desde essa altura, o PAIGC e o PRS andaram em trocas de acusações sobre a responsabilidade de cada um no impasse político na Guiné-Bissau, cujo epicentro tem sido o Parlamento do país, que se encontra bloqueado há nove meses.
Esta quarta-feira, a partir das 10:00 locais (11:00 em Lisboa), dirigentes dos dois partidos voltam à mesa das conversações, numa unidade hoteleira da capital guineense, desconhecendo-se a agenda do encontro.
Os representantes de instituições da comunidade internacional agrupados no chamado P5 (Nações Unidas, União Europeia, União Africana, Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental e Comunidade de Países de Língua Portuguesa) têm tentado levar os líderes guineenses a entenderem-se.
Os dois principais partidos admitem a possibilidade de ser criado um Governo de Unidade Nacional como forma de tirar o país do impasse, já que o atual executivo está com dificuldades para aprovar o seu programa no Parlamento.
Os dois partidos não se entendem quanto a forma de marcação da data para o debate do programa do Governo do primeiro-ministro, Baciro Djá.
Lusa/Conosaba
Sem comentários:
Enviar um comentário