quarta-feira, 11 de março de 2015

CERCA DE 50 MIL PESSOAS VÃO ÀS RUAS DE TEL AVIV CONTRA NETANYAHU

 Benjamin Netanyahu

O renovado clamor expressa a 'esperança de que a esquerda volte' em Israel, enquanto a multidão gritava 'Volta pra casa, Bibi!'

Dezenas de milhares de israelenses se reuniram para demonstrar seu descontentamento com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu governo na capital Tel Aviv na noite de sábado, com críticas à política interna e apelos por um acordo de paz com os palestinos que vivem nos territórios ocupados na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Estimativas do governo falaram em 40 mil manifestantes, mas os organizadores e a mídia local afirmam ter certeza que o número passava de 50 mil pessoas nas ruas.

A menos de duas semanas das eleições nacionais de 17 de março, o protesto realizado na Praça Yitzhak Rabin é a maior manifestação já reunida pelas forças de esquerda e de centro do país, que criticam Netanyahu (conhecido pelo apelido de Bibi) e seu partido de extrema-direita Likud pela forma como têm governado nos últimos anos.

De acordo com a CNN:

A manifestação, batizada “Israel quer mudanças”, foi organizada por One Million Hands, movimento popular que milita em duas grandes frentes: a solução de dois Estados e a redução do custo de vida.

Para o fundador Dror Ben-Ami, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fracassou em ambas.

“Acreditamos que a única maneira de avançar nestas questões é derrotando o atual governo. Pôr Bibi para fora”, afirmou Ben-Ami.

Os organizadores não apoiam nenhum candidato ou partido político nas eleições de 17 de março. Em vez disso, eles estão incentivando os eleitores a trocar a atual administração.

A Associated Press afirma que a manifestação não foi apoiada oficialmente por qualquer partido político, mas a maioria dos que foram às ruas eram eleitores de partidos de esquerda e de centro. O principal discurso foi feito pelo foi o ex-chefe do Mossad, Meir Dagan, que recentemente criticou duramente a conduta de Netanyahu, que classificou como o “causador dos maiores danos estratégicos a Israel”.

Dagan disse à multidão: “Israel tem inimigos, mas não tenho medo deles. O que me assusta é a atual liderança do país”.

Embora pesquisas recentes mostrem que o candidato com mais forças diante do Likud para as eleições de 17 de março ainda seja o partido União Sionista, igualmente de direita, o renovado clamor da esquerda é visto como um sinal positivo para os israelenses mais progressistas, que perderam muito espaço nos últimos anos.

A manifestação de sábado, segundo Ben Ami, foi uma demonstração da força “dos cidadãos israelenses que exigem uma mudança de política” e “um acordo de paz” com os palestinos.

“O atual governo fracassou nos aspectos sociais e econômicos, não melhorou a situação da segurança, o país quebrou... Esperamos que a esquerda retorne ao poder”, disse.
cartamaior

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