Abdul Carimo acusado de irregularidades graves e violação da Constituição nas autárquicas de Outubro
O bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique - Tomás Timbana, defende a demissão do presidente da Comissão Nacional de Eleições - Abdul Carimo, na sequência de graves irregularidades cometidas por este órgão nas eleições autárquicas de novembro.
No seu último acórdão sobre as eleições autárquicas, o Conselho Constitucional moçambicano considerou que a CNE violou a Constituição da República, ao marcar a data da repetição das eleições na autarquia de Gúruê, centro do país, antes da publicação da deliberação que anulava o anterior escrutínio no Boletim da República. A CNE já tinha sido criticada por ter sido forçada a repetir as eleições na autarquia da cidade de Nampula, pelo facto de, na primeira votação, a fotografia de uma candidata a edil não ter sido colocada no boletim de voto.
Falando terça-feira à imprensa, à margem da abertura do Ano Judicial, o bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique defendeu a demissão do presidente da CNE, considerando que Abdul Carimo já não tem condições para continuar a dirigir o órgão, na sequência das graves irregularidades que o órgão cometeu nas eleições autárquicas. "Creio que ao presidente da CNE, como responsável da instituição, não resta mais nada senão colocar o lugar à disposição. Não há condições morais rigorosamente nenhumas para o presidente da CNE continuar como timoneiro", disse Tomás Timbana, que reforçou as críticas em entrevista à RDP África.
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