O ministro do Ambiente e da Biodiversidade do governo em gestão defendeu a realização de um diálogo nacional ainda este ano sobre a exploração dos recursos naturais no país.
A ideia do Viriato Cassama foi anunciada após ter sido confrontado, esta sexta-feira, com o ressurgimento do polémico explorações das areias pesada de Varela e a gestão de parques naturais com as comunidades.
No seu entender, os recursos naturais merecem ser explorados, “ mas, de uma forma sustentável porque ninguém merece ser refém das mesmas”.
“Não podemos ser refém dos nossos recursos naturais, temos que explorá-los mas de forma sustentável, temos que ter em linha de conta de que estamos a explorar para fortificar a nossa economia, para mudar a vida da nossa população e preservando o nosso meio ambiente”, diz o ministro de Ambiente para depois afirmar que “é preciso termos princípio das boas práticas. A areia pesada da Varela se não é explorado mais dias ou menos dias, vai ser arrastado pela água porque é um manto, não tem uma profundidade grande, apenas uma superfície e com a erupção costeira, que está a avançar em Varela, um dia vai ser arrastado pela água sendo assim, preferimos que seja explorado para fortalecer a nossa economia e melhorar a vida da população. Estes são os assuntos que vamos discutir no famoso diálogo nacional ainda este ano, porque transformamos a questão dos nossos recursos naturais num bicho-de-sete-cabeças”.
Questionado sobre a inquietação das pessoas com as construções nas zonas húmidas, sobretudo da propriedade denominada plataforma JOVAM, Viriato Cassama diz que “eu não falo da pessoa singular porque nós chamamos atenção há vários anos de que aquela zona não devia ser ocupada, mas é uma culpa partilhada entre o vendedor e o comprador. Aquela zona toda, é zona baixa, no ano passado as pessoas que construírem armazéns depararam com problema da humidade e é por isso que sempre chamamos atenção. O nosso papel não é de proibir a construção mas de acautelar as futuras consequências”.
O país está confrontado nos últimos anos com uma acentuada degradação ambiental, com destaque para a exploração desenfreada e descontrolada dos recursos naturais não biológicos, ocupação desordenada das zonas húmidas.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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