terça-feira, 28 de junho de 2022

ONU lança projeto para reduzir pobreza em várias comunidades da Guiné-Bissau

Três agências das Nações Unidas em Bissau lançaram hoje um projeto que pretende reduzir a pobreza através da criação de um sistema de proteção social de emergência e não contributivo, referiu, em comunicado, a organização internacional.

O projeto, que terá duração de dois anos, vai desenvolver-se nas regiões de Bolama/Bijagós, Tombali e Gabu, as “mais vulneráveis em termos de insegurança alimentar e clima”.

“Prevê-se que 1.500 agregados familiares vulneráveis tenham acesso a um esquema piloto de proteção social de emergência não contributiva para satisfazer as necessidades alimentares e nutricionais”, lê-se na nota.

“Nós, as agências da ONU, precisamos de trabalhar juntas para aumentar a eficácia do nosso apoio ao Governo para que ninguém seja deixado para trás em matéria de proteção social e aumentar a resiliência do país perante quaisquer choques futuros”, afirmou João Manja, coordenador residente interino das Nações Unidas na Guiné-Bissau e representante do Programa Alimentar Mundial (PAM) no país.

O projeto pretende também aliviar o impacto da covid-19 e das alterações climáticas na “insegurança alimentar de raparigas e rapazes vulneráveis, mulheres e suas famílias, acelerando os impactos positivos sobre a segurança económica e alimentar”.

A ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Conceição Évora, considerou que a parceria com a ONU no “domínio da proteção social” vai ajudar o país a chegar a “resultados importantíssimos” na missão de combate à pobreza.

O projeto contraria a “persistente dificuldade de estabelecer um sistema abrangente de proteção social, que poderia ser uma pedra angular para o país transitar de fragilidades para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou Conceição Évora.

Financiado pelo Fundo Conjunto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o projeto junta o PAM, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Fundo das Nações Unidas para a População.

Segundo a ONU, menos de 5% da população guineense beneficia de segurança social.

Conosaba/Lusa

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