Bissau,09 Fev 22(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), disse hoje que basta ver no rosto das pessoas, para perceber que estão prontos para “explodir, revoltar e reagir” contra a actual situação vigente no país.
“Mas antes é da nossa responsabilidade dar todos os elementos necessários para quando o Povo levantar, saiba com que finalidade vai levantar, e quando vamos para a luta sabermos, exatamente, porquê que vamos lutar”, disse Domingos Simões Pereira, na conferencia de imprensa dos partidos políticos agrupados no Espaço de Concertação Democrática, realizada esta quarta-feira, em Bissau .
Pereira sublinhou que foi por esta razão que, durante muito tempo, apelaram a calma, tranquilidade e sempre pediram para que as pessoas deem tempo.
“Sabemos que a arma de repressão ou seja importar gases lacrimogénio é fácil, mas, mobilizar um Povo para levantar todos de uma vez, leva-nos à muito trabalho, muitas sensibilizações e preparação. Chega o seu dia, momento, hora e limite, e foi essa hora que me pareceu que já chegou”, salientou.
O líder do PAIGC sublinhou que até Amílcar Cabral, antes de convocar os combatentes para a luta de libertação, esgotava todos os mecanismos de diálogo.
“Penso que tudo o que estamos a ver é a demonstração clara de como os mecanismos de diálogo são esgotados”, disse, acrescentando que não tem dúvidas de que o actual regime vai afogar-se”.
Por sua vez, o líder da Bancada Parlamentar do partido Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB), Marciano Indi denunciou que foi o próprio Botche Candé, ministro do Interior e da Ordem Pública quem falou com os seus dois irmãos, no sentido destes lhe aconselhar para se abdicar de proferir certas declarações sob pena de pagar caro a factura.
“Devo anunciar ao Povo guineense que foi o próprio Botche Candé quem orquestrou o plano para me espancar em 2020 e volto a afirmar que o país está de novo em perigo”, disse Indi.
O porta voz dos partidos agrupados no Espaço de Concertação Democrática, Armando Mango alertou as autoridades que qualifica de “ilegítimas” que o envio de forças estrangeiras para o país e mormente da CEDEAO, carece da autorização da Assembleia Nacional Popular e constitui um sinal de descrédito e desrespeito para as Forças Armadas da Guiné-Bissau.
Mango disse que manifestam total oposição e rejeição à vinda de qualquer Força estrangeira para a Guiné-Bissau para defender um “regime ditatorial e que mantém vinculo ao narcotráfico e ao crime organizado” e que decidiu “vender os recursos naturais do país”.
O Espaço de Concertação Democrática dos partidos é constituído pelo PAIGC, APU-PDGB, PCD, União para Mudança, MDG, Manifesto do Povo e PSD.
Conosaba/ANG/ÂC//SG
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