quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

MDG DIZ QUE TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO NA GUINÉ-BISSAU ERA PREVISÍVEL

O líder do Movimento Democrático Guineense afirmou hoje (2) que a tentativa de golpe de estado praticado ontem era previsível e pode vir a ser negativo.

Silvestre Alves que analisava os acontecimentos de ontem (1), disse igualmente que onde não existe clareza e verdade, será difícil existir a tranquilidade necessária.

“ Como partido político, temos que manifestar temos que manifestar o nosso repúdio a qualquer tentativa de golpe de estado se for nesse sentido. Entretanto, podemos dizer que a violência não começa no dia que houve tiroteio, mas sim com as nossas atitudes ou pela forma como encaramos o nosso dever. Se mentimos para chegar ao poder, também é uma forma de violência” diz numa clara alusão as declarações do Umaru Sissoco Embaló que nos últimos dias, que garante que não nomeará PAIGC ao governo mesmo que seja com 102 deputados”.

O político disse ainda que a tentativa de golpe de estado era previsível e talvez poderá ser negativo.

Alves sublinhou que situação semelhante a esta tentativa de golpe pode vir a acontecer enquanto a situação de violência não ser resolvida, adiantando que “ não podemos estar de acordo com instabilidade atrás de instabilidade. Sissoco Embaló foi quem destruiu o ensino no país porque não conhece a importância da escola por ser uma pessoa desonesta”.

Entretanto, lamentou a perda de vidas humanas nos acontecimentos que marcaram todo o dia de ontem a Guiné-Bissau.

A Assembleia Nacional Popular através da sua vice-presidente condenou com veemência esta tentativa de subversão da ordem constitucional, numa altura em que o país está a recuperar a sua imagem de estabilidade e credibilidade internacional.

O líder do PAIGC condena a "tentativa de golpe" que vitimou várias pessoas. Exige também um "inquérito sério" para apurar o que terá acontecido na terça-feira em Bissau e responsabilizar os culpados.

Na sua primeira reacção aos ataques acorridos na terça-feira (01.02) na sede do Governo, o presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, manifesta-se preocupado com a violência registada em Bissau. E condena todas as tentativas de subversão da ordem constitucional por vias não democráticas.

Em entrevista exclusiva à DW, o líder do maior partido da oposição exige a criação de uma comissão internacional de inquérito para apurar responsabilidades. Simões Pereira diz que não ficou absolutamente convencido com as explicações do chefe de Estado sobre os supostos autores do ataque, alegadamente ligados ao narcotráfico.

Segundo Umaro Sissoco Embaló, foram "elementos isolados" que tentaram assassinar as principais figuras do Estado, que participavam numa reunião extraordinária do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo.

No entanto, o partido Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) que lidera a coligação governamental na Guiné-Bissau condenou a tentativa de golpe de Estado. Num comunicado (MADEM-G15) classificou o ato como "bárbaro e violento" e considerou que o incidente tinha como objetivo "pôr em causa, mais uma vez, a ordem constitucional e o Estado de direito democrático na Guiné-Bissau".

O partido da Renovação Social no seu comunicado encoraja as autoridades nacionais nomeadamente os órgãos da soberania, os partidos políticos, as organizações de sociedade civil no sentido de prosseguirem na via de conjugação de esforços com vista a encontrarem uma plataforma de entendimento para resgatar o país do crónico ciclo de instabilidades.

A Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), liderado pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, condenou hoje o "ato ignóbil" de tentativa de subversão da ordem constitucional, ato esse atentatório da integridade das instituições republicanas e que põe em perigo as conquistas democráticas, a paz social, unidade e concórdia nacional", refere, em comunicado, o partido.

O partido salienta que a paz, a unidade nacional e o respeito pelo Estado de Direito democrático e a "não-violência" sempre foram a "bússola orientadora" da APU-PDGB.

Perante o "atentado cobarde e bárbaro", a APU-PDGB manifesta a sua solidariedade com todas as instituições democráticas da Guiné-Bissau e "apela para que os responsáveis" sejam responsabilizados e punidos pela Justiça.

O partido do primeiro-ministro guineense endereça também a sua solidariedade com as famílias das vítimas mortais e feridos registados durante o ataque.

A União para a Mudança diz não ter nenhuma declaração a fazer a respeito do sucedido ontem.

Já o partido Movimento Bafatá manifesta seu repúdio pela prática antidemocrática que esse grupo tomou para chegar ao poder e condenam este acto que considera de vil contrária ao exercício de direitos políticos e de cidadania reservado pela constituição de República.

O Partido da Unidade Nacional (PUN) exorta às instituições judiciais a cumprir as suas responsabilidades, levando a cabo uma investigação séria e isenta dos acontecimentos “trágicos que, mais uma vez, ensombraram o país nesta terça-feira”.

Em uma nota na sua página oficial no Facebook, o partido liderado por Idriça Djaló escreveu que o país foi “uma vez mais, o teatro da irrupção da violência no funcionamento das suas instituições políticas”, condenando “firmemente e sem reservas” o recurso à violência no espaço público e político.

Para o PUN, nenhuma razão justifica que um grupo de soldados ou homens armados tentem colocar em causa as regras democráticas da República, tomando de assalto às suas instituições.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos insta as autoridades judiciárias a desencadear uma investigação transparente e conclusiva com vista ao esclarecimento das circunstâncias em que ocorreram a suposta insurreição.

Por outro lado, lamentou as mortes ocorridas e manifestar a sua profunda solidariedade aos familiares das vítimas, exigindo as autoridades a observar escrupulosamente os dispositivos legais no decurso das investigações em curso, evitando assim de comportamentos suscetíveis de configurar caça às bruxas.

O Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento exorta a abertura de inquérito por forma a esclarecer as circunstâncias que ocorrem a tentativa de golpe de estado e a responsabilização dos seus autores morais e materiais.

Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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