O vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Lassana Fati, condenou a onda de violência perpetrada por homens armados que, segundo a sua explicação, atormentam cidadãos e semeiam um clima de medo junto das populações.
“O PRS condena todo o ato de violência, ataques armados quer ao Palácio do Governo, quer à Rádio Capital FM, quer ainda à residência de qualquer outro cidadão, porque não é a forma de resolver problemas. O PRS está contra atos de violência que vão contra um dos princípios do nosso partido que é a liberdade”, assegurou.
O político e deputado da nação falava na entrevista exclusiva ao semanário O Democrata esta quarta-feira, 09 de fevereiro de 2022, para reagir à onda de violência desencadeada por homens armados até agora não identificados pelas forças de segurança.
A violência foi iniciada com o ataque ao Palácio do Governo no dia 01 do mês em curso, quando um grupo de homens armados atacou o edifício onde estava o Presidente da República e a maior parte dos membros do governo, reunidos em Conselho de Ministros extraordinário, resultando na morte de onze pessoas, entre elementos da guarda presidencial, civis e forças de segurança, de acordo com as autoridades governamentais.
Na segunda-feira, 07 de fevereiro, um grupo de homens armados com AK-47 e mascarados invadiram e vandalizaram por completo a Rádio Capital. Na sequência deste ataque, cinco funcionários daquela estação emissora privada, entre jornalistas e técnicos, ficaram feridos.
Para o vice-presidente do Partido da Renovação Social, as autoridades devem ser as primeiras a zelarem pela segurança das populações e de todas as instituições, tanto públicas como privadas.
“O governo deve assumir a sua responsabilidade no sentido de garantir segurança a nossa população. O Comissário adjunto garantiu-nos que a instituição está a trabalhar, mas pedimos que redobre esforços para que as populações sintam que estão seguras nas suas casas, na rua ou em qualquer lugar”, contou.
Sobre a vinda de uma missão da força de estabilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) à Guiné-Bissau, o vice-presidente dos renovadores diz que o seu partido apoia qualquer iniciativa a favor da estabilização do país.
“A CEDEAO na sua reunião entendeu que é preciso enviar uma força de estabilização à Guiné-Bissau para apoiar as autoridades, porque se registou uma tentativa de golpe de Estado. O PRS quer estabilidade para o país e não se opõe a qualquer iniciativa para a estabilização da Guiné-Bissau”, afirmou.
Fati apelou aos cidadãos a abasteceram-se de interferir nos assuntos que ponham em perigo a paz social, contudo, reconheceu que qualquer cidadão tem o direito de se pronunciar sobre a vida política do seu país.
“A Guiné-Bissau vive um momento complicado, por isso devemos deixar as autoridades trabalharem com tranquilidade para depois apresentar os resultados. O PRS está muito preocupado com a situação de 01 de fevereiro e de todos outros atos de violência que aconteceram a seguir, porque são atos que semeiam clima de medo às populações”, referiu para de seguida insistir no apelo ao diálogo como forma da resolução de diferendos.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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