O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) lamentou a "tentativa de silenciar as vozes críticas do atual regime" na Guiné-Bissau, referindo-se ao ataque contra o advogado e ativista Luís Vaz Martins.
"O PAIGC lamenta mais uma tentativa de silenciar as vozes críticas às atrocidades do atual regime, em flagrante violação dos direitos fundamentais constitucionalmente instituídos e legalmente protegidos, nomeadamente o direito à liberdade de expressão", refere, em comunicado, a que Lusa teve hoje acesso.
Na nota, o PAIGC, partido vencedor das legislativas de 2019 na Guiné-Bissau, mas que não está no poder, repudia o "ato bárbaro de tentativa de amordaçar a liberdade de expressão e reitera a sua condenação às sucessivas atrocidades", que têm estado a ser cometidas "pelos atuais detentores do poder" e exige a "responsabilização dos seus atores morais e materiais".
O partido manifesta também solidariedade com o advogado Luís Vaz Martins e pede para que mantenha a sua "isenção, firmeza e determinação" na defesa dos direitos humanos e contra a "tentativa de implementação da ditadura e tirania na Guiné-Bissau".
O advogado e antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos Luís Vaz Martins foi no sábado alvo de uma tentativa de assassínio, denunciada por aquela organização não-governamental.
Após ter participado num debate numa rádio em Bissau, uma viatura de matrícula estrangeira tentou abalroar o carro de Luís Vaz Martins na estrada, chocando contra ele três vezes.
Em declarações à Lusa, o advogado disse que "façam o que fizerem" vai continuar a lutar.
Conosaba/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário