O ministério da mulher, família e solidariedade social prometeu tudo fazer para listar no próximo orçamento geral do estado, uma verba financeira para o Comité de Abandono das práticas nefastas à saúde da mulher e criança.
A promessa é deixada hoje pela ministra da tutela Maria da Conceição Évora a margem da abertura dos trabalhos da 3ª assembleia geral ordinária do comité.
“ Sabemos que o comité tem trabalhado com apoio dos parceiros internacionais, mas vamos tudo fazer junto com o ministério das finanças, como será possível listar uma verba para o funcionamento desta organização”, prometeu.
A 3ª assembleia serviu para a presidente Fatumata Djau Baldé se despedir publicamente da organização que presidiu durante 10 anos.
A presidente marcou como maior ganho da sua organização, a desmitificação da ligação da prática de mutilação genital feminina a religião islâmica e a aprovação da lei que criminaliza a mutilação genital feminina.
“ Um dos primeiros ganhos é a desmistificação da ligação da prática de mutilação feminina a religião islâmica como condição necessária para que a mulher consiga praticar o islão. (..) Um outro ganho tem a ver com a aprovação da lei que criminaliza a mutilação genital feminina. Esse também é um dos grandes ganhos que conseguimos durante todo esse percurso”, sublinhou.
Por outro lado, apontou como fracasso do seu mandato falta de uma sede para o funcionamento do comité e ainda um engajamento político a altura. “ Queremos influenciar os políticos a fazerem das suas causas, as causas de promoção e protecção dos direitos das mulheres e meninas. Não houve um programa de governo com menção ao combate a práticas nefastas, não ouve um orçamento do estado com financiamento ao combate a práticas nefastas. Até hoje, estamos a custear com apoio dos parceiros o aluguel da sede onde funciona o comité, isso é uma das coisas que não consegui durante o meu mandato”.
A nova presidente do comité nacional para o abandono das práticas nefastas será conhecida ainda hoje no final dessa 3ª assembleia ordinária.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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