O ministro da Administração Pública da Guiné-Bissau, Tumane Baldé, pediu hoje a cooperação dos parceiros sociais para a reforma e modernização da função pública guineense
Segundo Tumane Baldé, é preciso cooperação institucional dos parceiros do Governo para que “todos juntos” possam colocar em “marcha o plano de reforma e modernização da função pública já em curso”.
O ministro da Administração Pública falava na cerimónia de celebração de 03 de agosto, feriado nacional, que assinala o massacre de Pindjiguiti, quando a polícia colonial portuguesa reprimiu um protesto de trabalhadores guineenses, provocando pelo menos 50 mortos.
Baldé afirmou que operar mudanças num sistema implica sacrifícios, mas disse acreditar que “imbuídos do mesmo entusiasmo” e “juntos de mãos dadas, focados no mesmo objetivo” vão-se atingir “grandes resultados”.
O ministro da Administração Pública salientou que após os acontecimentos de 03 de agosto, a luta dos guineenses agora assume novos paradigmas, porque se está a “organizar um serviço público eficaz, eficiente e transparente, que potencie o desenvolvimento socioeconómico acelerado”.
Para Tumane Baldé, um dos objetivos estratégicos que o executivo definiu é a qualificação, a dignificação, a motivação e a profissionalização dos recursos humanos da administração pública, através de uma política coerente de formação.
Antes, a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB), que assinalou a efeméride, que celebra também o dia do trabalhador guineense, com o Governo, exigiu a harmonização da tabela salarial.
“O Governo deve assumir as suas responsabilidades no que diz respeito à harmonização da tabela salarial para que os funcionários possam ter a moral tranquila e trabalhar para a erradicação da fraca qualidade dos serviços que prestam”, afirmou o secretário-geral da confederação, Malam Ly Baldé.
Ly Baldé disse que é necessário e urgente o Governo começar a respeitar a dignidade humana, sobretudo os direitos dos trabalhadores públicos e privados consagrados nas demais leis da República da Guiné-Bissau.
A CGSI-GB exige ainda do Governo o pagamento de 17 meses das dívidas salariais em atraso aos jornalistas e técnicos contratados dos órgãos de comunicação social públicos, bem como o pagamento dos atrasos salariais de seis meses aos funcionários do Instituto Marítimo Portuário.
Entre outras exigências apresentadas, a CGSI-GB quer ver igualmente aplicada o estatuto da carreira docente universitário já aprovado e promulgado pelo Presidente da República, para garantir que haja paz social no tecido laboral guineense.
“De contrário, a nossa central sindical ver-se-á obrigada a recorrer aos demais atos reivindicativos previstos na ordem jurídica do país, nomeadamente, greves, marchas, vigílias”, alertou.
Conosaba/Lusa
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