O diretor-geral do Ministério da Economia, Plano e Integração Regional, Mussa Sambi, defendeu que é necessário promover um ambiente propício para a melhoria do ambiente de negócios na Guiné-Bissau.
Mussa Sambi frisou que os países que oferecem melhor clima de negócios são os que alcançam “níveis aceitáveis” de desenvolvimento ou de investimento empresarial das pequenas e médias empresas, que constituem cerca de 90% das empresas constituídas no centro de formalização de empresas.
O diretor-geral do Ministério da Economia, Plano e Integração Regional fez essa chamada de atenção esta quarta-feira, 4 de agosto de 2021, durante a apresentação do Estudo sobre “Construir um Futuro Melhor para o Ambiente de Negócios na Guiné-Bissau”, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PUND), em parceria com o governo.
“Os países que oferecem melhor clima de investimentos têm melhores níveis de emprego e mais riqueza e menos pobreza, concorrendo para a realização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, salientou.
Informou qua, apesar dos enormes esforços realizados no âmbito das reformas introduzidas pela Organização para a Harmonização em África do Direito dos Negócios (OHADA), a Guiné-Bissau posiciona-se no lugar 174 das 190 economias avaliadas pelo “Doing”.
Por sua vez, o representante adjunto do PNUD na Guiné-Bissau, José Levy, admitiu que a crise sanitária da Covid-19 evidenciou a fragilidade socioeconómica do país e teve efeitos adversos, sobretudo nas micros, pequenas e médias empresas que “constituem créditos da espinha dorsal da economia da Guiné-Bissau”.
José Levy sublinhou que todo o mundo está a passar por um período em que a pandemia causou transtornos e a Guiné-Bissau não é uma exceção, realçando setores como a Agricultura, o Transporte e o Turismo como os que mais sofreram os efeitos da doença, pois “as cadeias de abastecimento foram interrompidas, o envolvimento de pessoas foi restringido e as rotas de transporte marítimo e aéreo foram perturbadas”.
Levy alertou que a pandemia de novo coronavírus mostrou a necessidade de se retomar uma cooperação económica mais sustentável, resiliente e mais inclusiva com atenção especial a ser dada aos mais vulneráveis.
Para José Levy, o crescimento económico é importante, por isso não pode fugir dos custos do meio ambiente. Enfatizou que o desenvolvimento “é imperativo” na constituição geral e na realização do desenvolvimento humano, o que significa que “o desenvolvimento económico atende às necessidades do presente sem comprometer as capacidades das gerações futuras”.
Segundo José Levy, foi com base nesse pressuposto que a PUND Guiné-Bissau recomendou um estudo intitulado “construir um futuro melhor para as empresas na Guiné-Bissau”, com o objetivo de analisar os crescentes desafios do setor privado, em particular das micros, pequenas e médias empresas que “enfrentam um impacto negativo da pandemia”, o que surge como resultado do ambiente de negócios na Guiné-Bissau.
Por: Carolina Djemé
Foto: C.D
Conosaba/odemocratagb
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