O diretor-geral da empresa nacional de Pesquisa e a Exploração Petrolífera (PetroGuin), Danilson Francisco Gomes Ié, confirmou esta quinta-feira, 1 de julho de 2021, que o país tem um acordo de prospeção de petróleo assinado com a empresa ADA ENERGY Service, nos blocos quatro e cinco na zona continental da Guiné-Bissau.
Danilson Francisco Gomes Ié falava aos jornalistas numa das salas de reuniões do ministério dos recursos naturais e energia para reagir à informação difundida pela Radiodifusão Portuguesa para a África (RDP-África), em como o chefe de Estado Úmaro Sissoco Embaló teria delegado alguém para assinar um acordo de exploração de petróleo com uma empresa em Dubai.
Em resposta, o diretor-geral da PedtroGuin disse que a notícia não corresponde à verdade, porque a Guiné-Bissau não tem nenhum contrato assinado com nenhuma empresa do Dubai para exploração de petróleo.
“Apenas temos um contrato com a ADA ENERGY assinado a 25 de setembro de 2020 e que respeitou todos os princípios normativos plasmados na Lei de petróleo Nº 04 /2014’’.
Negou que o Presidente da República tenha mandado Franklin para assinar um acordo de exploração de petróleo em Dubai em nome do país.
“É verdade que o senhor Franklin é o representante legal e mandatário da ADA ENERGY na Guiné-Bissau, mas não faz sentido que esse mesmo senhor seja também delegado do Presidente da República ao ponto de representá-lo na assinatura de um acordo”, indicou.
Sublinhou que o acordo de que se tem falado e divulgado pela RDP-África só engajaria o Estado da Guiné-Bissau se fosse aprovado em Conselho de Ministros.
‘’O gabinete jurídico da Petroguin foi instruído para trabalhar na responsabilização e restauração da imagem da empresa beliscada com a notícia e que posteriormente serão tomadas as medidas necessárias’’.
Questionado sobre a existência ou não de petróleo na Guiné-Bissau, Danilson Ié escusou-se a responder. Porém, disse esperar que o furo a construir em 2022 possa esclarecer todas as dúvidas sobre a existência ou não desse recurso mineral no país.
“Até 2022 vamos ter resultados. É verdade que na era colonial foram construídos alguns furos com a extração de oito barris de petróleo, mas que não tinha valor comercial. Acreditamos que ainda é possível, com o resultado dos trabalhos de 2022”, salientou .
Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú
Conosaba/Lusa
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