O presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento considera de “um desastre” às constantes paralisações da função pública, convocadas pela União nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG).
“É um desastre para a nossa sociedade ter essa situação de greve contínua, porque não fica nada bonito ter as crianças que estão no ensino público sem concluir o ano lectivo”, considera Fode Caramba Sanha que respondia às questões colocadas pelos jornalistas sobre a nova vaga de greve na função pública que, hoje, se inicia mais uma ronda de greve de 30 dias convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné - Central Sindical que justifica a falta de acordo com o governo.
Para Caramba Sanha, que falava à margem da abertura do encontro de validação do relatório de análise comparativo do Orçamento Geral do Estado (OGE) dos últimos 10 anos, se o cenário continuar assim, no futuro, o país vai ter a sociedade da primeira, segunda e terceira classe.
“É preciso uma reforma no aparelho governativo assim como no sindicalismo, porque a greve não vai afectar os decisores políticos ou governativos”, adverte.
Para o coordenador do projecto Orçamento Aberto Participativo, Sensível à Criança e Responsabilidade Social nas Finanças Públicas da Guiné-Bissau, Adolfo Gomes Té, o país está a assistir uma fraqueza do Governo em poder atender as reivindicações a nível social.
“Isso demonstra a incapacidade em termos numerários do próprio país em fazer face a exigência das necessidades da própria população”, sustenta.
Em relação aos investimentos dos últimos 10 anos do OGE, Fode Caramba Sanha assegurou que “todos os investimentos dos últimos 10 anos no OGE sem contar com o ano de duodécimo, não reflectiu em nada na vida das crianças guineenses.
“Isso é uma preocupação, então temos que interromper essa situação a partir de agora investindo nas nossas crianças para que possam ter a qualidade de competitividade com os colegas das outras nacionalidades”, sugere.
O encontro é organizado no âmbito da parceria entre a UNICEF e o Movimento para o Desenvolvimento do projecto Orçamento Aberto Participativo, Sensível à Criança e Responsabilidade Social nas Finanças Públicas da Guiné-Bissau.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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