domingo, 4 de julho de 2021

Crise financeira: PROFESSOR UNIVERSITÁRIO APONTA SUSPENSÃO DE SUBSÍDIOS AOS GOVERNANTES



O jornalista guineense e docente universitário aponta que a decretação imediata de austeridade imposta aos titulares dos órgãos das soberanias é a única solução para que a Guiné-Bissau possa sair da actual situação financeira.

Falando, hoje (01 de Julho de 2021), em análise à Rádio Sol Mansi (RSM), o jornalista Armando Lona aponta que a “solução imediatamente deve ser a austeridade imposta aos que até aqui beneficiam da situação que são os órgãos de soberania, que aumentaram os seus subsídios de representação, despesas injustificáveis e corte de privilégio que não constam em nenhuma lei do país”.

Armando Lona disse ainda que o parlamento deve aprovar um novo orçamento rectificativo para suprimir o imposto que “hoje é fatal” para os cidadãos.

“Não podemos dizer que gostamos do povo e ao mesmo tempo o nosso comportamento é contrário, o povo não pode continuar nesse regime de impostos com subidas galopantes dos preços nos mercados”, sustenta.

Nos mercados surgem relatos de subida do preço dos produtos da primeira necessidade e alguns justificam a situação com a implementação dos novos impostos aprovados no parlamento.

Para o jornalista, com o nível de vida da população actualmente os responsáveis são os deputados e os governantes, porque, segundo Lona, são os deputados que votaram o OGE.

“Os cidadãos têm que dizer basta como o remédio a curto prazo da situação em que o país se encontra”, sugere.

Na semana passada, o ministro das Finanças confirmou que o “stock” da dívida pública do país situa-se na ordem de 79% do Produto Interno Bruto (PIB), o que ultrapassa o teto máximo de 70% fixado pela União Económica Monetária da África Ocidental. Na mesma altura, o governante alerta que a situação pode tornar-se insuportável.

A Guiné-Bissau tem vivido, ao longo dos últimos 6 meses, com as paralisações na função pública devido a greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné que reclama, entre outros pontos, o aumento do salário mínimo para 100 mil francos CFA e a revogação dos despachos que nomeiam os funcionários na administração pública sem concurso.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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