sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Associação promove recenseamento de ex-combatentes portugueses naturais da Guiné-Bissau

O presidente da associação de cidadãos nascidos na Guiné-Bissau que serviram nas Forças Armadas portuguesas, Amadu Djau, anunciou ontem estar em curso um recenseamento de ex-militares, com a finalidade de exigir a sua indemnização a Portugal.

Presidente da chamada Associação de Deficientes das Forças Armadas portuguesas na Guiné-Bissau, Djau confirmou que a sua organização quer saber quantos ex-militares é que estão vivos e quantos já morreram, antes de avançar com documentos para o Governo português.

“Estamos a fazer um recenseamento [de ex-combatentes] na Guiné-Bissau com base no que foi decidido na Assembleia da República portuguesa, que preconiza o reconhecimento dos antigos combatentes portugueses nas suas ex-colónias de Angola, Moçambique e Guiné”, notou Amadu Djau.

O responsável afirmou que pelas informações de que dispõe existirão na Guiné-Bissau cerca de 35 mil ex-combatentes, dos quais, estima que 10 mil já terão falecido. Seriam militares incorporados nas Forças Armadas portuguesas de 1961 a 1974, notou Djau.

Questionado sobre se deu conta do processo de recenseamento em curso na Guiné-Bissau, Amadu Djau disse que a embaixada de Portugal em Bissau foi informada, embora a resposta não tenha ido ao encontro do entendimento da associação.

“A embaixada está a dizer que Portugal só vai reconhecer aqueles que tiverem a nacionalidade portuguesa ou os menores de 18 anos, mas que combatente é que tem hoje 18 anos?”, questionou Djau, considerando o posicionamento como “fuga às responsabilidades”.

“Queremos que Portugal indemnize os antigos combatentes, órfãos e viúvas ou então que Portugal primeiro devolva a nacionalidade aos ex-combatentes e só depois inicie a contagem dos anos passados” nas Forças Armadas, defendeu Djau.

O dirigente associativo anunciou que até fevereiro conta terminar o recenseamento e se não tiver “uma resposta satisfatória” vai organizar vigílias diante da embaixada de Portugal em Bissau para exigir “o pagamento integral do tempo de serviço” dos ex-militares.

A Lusa apurou que aos ex-combatentes portugueses estariam a pagar 6 mil francos CFA (cerca de 10 euros) no processo da sua inscrição, mas Amadu Djau desmentiu que seja a sua organização que está a cobrar aquele valor.

Djau confirmou que a sua organização está a pedir “uma contribuição” de 2.500 francos CFA (2,5 euros) para custear a compra dos equipamentos informáticos.

António Albino Gomes, vulgo “Pelé”, responsável do conselho fiscal da associação dos ex-combatentes portugueses da Guiné-Bissau, que assistiu à entrevista com Amadu Djau, admitiu que algumas pessoas possam estar a recensear os antigos militares e a cobrar.

Albino Gomes disse não ter dúvidas de que se trata de um processo fraudulento e que deve ser denunciado à polícia.

“É uma fraude, porque Portugal disse que vai devolver a nacionalidade aos ex-combatentes, mesmo aqueles que faleceram vão ser ressarcidos através dos seus familiares vivos, pelo que ninguém deve pagar nada para ser recenseado”, observou Gomes.

Conosaba/Lusa


Lisboa > 1970 > O cap comando graduado, cmdt da 1ª CCmds Africanos João Bacar Jaló como o nosso veteraníssimo João Sacôto (ex-alf mil,  CCAÇ 617/BCAÇ 619, CatióIlha do Como e Cachil, 1964/66), hoje comandante da TAP reformado, membro da nossa Tabanca Grande desde 20/12/2011.

Foto: © João Sacôto (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Lisboa > Belém> 10 de Junho de 2003 > Marcelino da Mata, antigo comando, ao lado do ex-furriel mil op especiais José Casimiro Carvalho (CCAV 8350 , Guileje, 1972/73). Marcelinao da Mata é hoje oficial superior, na reforma, do Exército Português, tendo sido graduado em coronel (LG).

Foto: © José Casimiro Carvalho (2006). Direitos reservados.~

Mensagem do José Carvalho, com data de 11 de Outubro de 2006

Nascido em 10 de Novembro de 1940, em Bafatá, na Guiné. Ferido em combate por duas vezes com gravidade, foi agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra e com a Medalha de Dedicação e Mérito.

Que a sua Alma descanse em Paz.

 

 

Exéquias do 'Comando' Amadú Bailo Djaló





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