quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

«Artigo de Opinião» "Favorecer os Nacionais"

 

O Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Carlos Teixeira, representa a Federação e assegura o seu regular funcionamento, competindo-lhe em especial contratar e gerir o pessoal ao serviço da Federação. É o que resulta dos Estatutos da Federação e é incontestável, por ter sido legitimado como Presidente da FFGB no último Congresso.

Com base nesse poder estatutário, por Despacho n° 2/2021, de 8 de Janeiro, exonerou o Sr. Jerónimo Mendes e nomeou o Sr. Guilherme Farinha, português, como Director Técnico Nacional da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, ordenando a «formalização imediata dos termos contratuais … », devendo incluir uma cláusula de avaliação de desempenho e por objectivos, propomos nós.

Na verdade, concordamos que o Sr. Jerónimo Mendes fosse substituído, por razões que muitos membros da anterior Direcção, do Manelinho, conheciam, o desempenho não era dos melhores, mas por um nacional.

O Estatuto impõe, sem desprimor do Despacho atrás referido, no que se refere ao estatuto do Director Técnico Nacional – DTN, que seja contratado em regime de serviço, sob proposta do Presidente do Comité Executivo, devendo possuir elevado índice de qualificação técnica, experiência de prática da modalidade e na área do futebol de formação, credibilidade, capacidade de comunicação e de liderança e ser reconhecido na modalidade.

E, compete ao DTN apresentar as propostas relativas a formação dos agentes desportivos, futebol para todos, selecções nacionais, desenvolvimento dos jogadores e restruturação dos quadros competitivos nacionais, investigação e documentação, sendo assessorado pelas Comissões constituídas para cada área ou variante do futebol.

Tudo isso a Guiné-Bissau tem. Não é preciso ir longe. Há colegas formados internamente, mas com formação altamente sólida no domínio do futebol e áreas conexas, tais como José Mariano, Ademir Pamplona, Saco, Iaia, os mais antigos; o Yekine, o Laurindo, o Beto (actual DG dos Desportos) e outros, recentemente, com qualidades para ser DTN. O Mister Quecuto igual.

Ainda constitui boa recordação o segundo lugar na Taça Amilcar Cabral na Mauritânia/1983, com mistos de jogadores profissionais em Portugal (Bobo, Baba, Bebe, Cinco, Lato, Govaz, Tchalero, etc e amadores na Guiné-Bissau (Ciro – the best, Maio, Biri, Sidiko, Arnaldo, etc, mas o quadro técnico era exclusivamente nacional: Cipriano Jacinto (falecido), Demba Sano (falecido), José Mariano e Tio Anibal (falecido).

O Mister Candé foi outro exemplo da aposta nacional e surtiu efeito.

Por isso, valorizamos o que é nosso e deixamos de preconceito de que só o que vem de fora é que é bom. 

«Estamos lá porque trabalhamos para o futebol, administramos o futebol mundial; deixamos a nossa família e estamos lá», Slogan da FIFA, também válido para aqueles que administram o futebol nacional, isto é, as Federações de Futebol.

12 de Janeiro de 2021

Por Atakimboum


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