quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Secretária-geral Adjunta da ONU para as Operações de Paz defende diálogo entre guineenses

A secretária-geral adjunta da ONU para as Operações de Paz, Bintou Keita, defendeu hoje o diálogo entre guineenses, quando questionada sobre a possibilidade de dissolução do parlamento e realização de eleições legislativas antecipadas.

"Em todos os países há momentos de turbulência, mas se olharmos para o quadro geral isso é uma situação que os guineenses podem gerir com o apoio dos parceiros", afirmou Bintou Keita.

Segundo a secretária-geral adjunta da ONU para as Operações de Paz, é preciso um apoio contínuo para que o diálogo "seja o principal de todas as discussões para se chegar a um consenso que direcione o país para mais estabilidade, mais desenvolvimento e mais respeito pelos direitos".

O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se na terça-feira com a Comissão Nacional de Eleições para debater a possibilidade de dissolver a Assembleia Nacional Popular e convocar eleições legislativas antecipadas, disse o presidente daquele órgão eleitoral.

Bintou Keita, que se deslocou a Bissau para a cerimónia de encerramento do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (Uniogbis), na sexta-feira, falava aos jornalistas no final de um encontro com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá.

Sobre o encontro, a responsável da ONU disse que falou sobre os progressos alcançados e encorajou à realização das reformas que são necessárias.

Bintou Keita referia-se à revisão da Constituição e na continuação do trabalho para que o país avance nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, particularmente no reforço da paz, boa governação e das instituições do país, e na participação das mulheres na tomada de decisões.

A secretária-geral adjunta da ONU para as Operações de Paz destacou também o setor da Justiça, sublinhando que o acesso à justiça dá um sentimento de segurança a todos os cidadãos e porque a "luta contra a impunidade se faz também através de um sistema judicial que funcione".

Conosaba/Lusa

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