No comício popular realizado, anteontem, em jeito de agradecimento ao eleitorado da região de Bafatá, o Presidente da República, o General Umaro Sissoco Embaló anunciou que dentro de dois anos vai alcatroar muitas ruas daquela cidade capital.
O Chefe de Estado prometeu ainda que Bafatá vai ter escolas superiores em 2021, terá um hospital universitário e o Governo vai colocar mais médicos nessa localidade, facto que confirmará o seu pago ao povo de Bafatá pelo voto massivo de vitória a que ele foi dado na região durante a segunda volta das presidenciais de 29 de dezembro de 2019.
O primeiro magistrado da Nação aproveitou a ocasião para dar orientações ao ministro do Interior, Botche Candé, no sentido de este atuar para pôr termo ao diambular de várias crianças talibés pelas ruas da cidade de Bafatá, pedindo esmola, em condições desumanas. “Nenhuma religião diz isto. É a única coisa que me leva a zangar com Bafatá”, asseverou e mais em frente ele esclareceu que essas são da etnia fula o que ao contrário, não há nenhuma outra etnia da Guiné-Bissau que atira os seus meninos para pedir esmola.
O Presidente Sissoco Embaló incumbiu os régulos e chefes religiosos a responsabilidade de sensibilizar as pessoas para não se mandar as crianças pedir a esmola. “A religião não disse assin. Isso é exploração do menor. O lugar da criança é na escola”, repisou.
Uma outra questão que o Presidente Sissoco Embaló levantou é o caso do casamento forçado de menores. “Não podemos aceitar o casamento forçado. Meninas de 14, 15, 16 anos vão ao casamento. O pai que dar a sua filha ao casamento forçado, tomaremos medidas severas contra ele. Um velho ao casar-se, aqui, com uma rapariga nova, diz que conseguiu uma “catorzinha” (menina novinha). A partir de agora, um velho casa apenas com uma velha, o novo casa com uma rapariza nova. As crianças têm que ir para a escola”, salientou para de seguida lançar um apelo aos jovens no sentido de denunciarem os maus atos dos velhos que andam a casar-se com raparigas novas.
Ainda no comício de Bafatá, o Presidente guineense dissipou as dúvidas que corriam de lés-a-lés de que ele tem tido problemas com o líder do Madem-G15, Braima Camará. “Nunca tive problemas com o Braima Camará. O Tcherno Culabiu me telefonou e disse que ele ouviu dizer que tenho problemas com dois filhos de Bafatá. Eu lhe respondi que não tenho problemas com nenhum filho de Bafatá. Eu não sou ingrato. Não farei mal à nenhum filho de Bafatá com quem estamos juntos”.
O Chefe de Estado salientou que começou a pôr a Guiné-Bissau na linha e quem tocar um bem público indevidamente terá que pagar, se não vai para a prisão. “Quem furtar o dinheiro do Estado vai à prisão, porque o lugar do bandido é na prisão. Não podemos fazer a política, pensando que temos que tomar a pertença de todos nós. Não podemos ter hospitais sem medicamentos e na Função Pública alguém trabalha apenas seis meses e constrói uma casa de luxo”, disse tendo questionado onde é que o funcionário sai com a quantidade de dinheiro.
Segundo ele, todo o funcionário que construir a sua casa, terá que provar a procedência do dinheiro, caso contrário vai à prisão.
Na sua alocução, Sissoco Embaló realçou que o seu partido é “o desenvolvimento da Guiné-Bissau” e ele é militante de todos os partidos politicos existentes no país. “Não vamos perdoar nenhum corrupto”.
A terminar, criticou a população de Bafatá por falta de uso massivo de máscaras de prevenção contra o novo coronavírus. “A doença de COVID-19 mata, e amim o único coronavírus que posso combater é a corrupção, isto é, o coronavírus de gabinete”, ironizou.
Resgate da soberania da Guiné-Bissau
Pela mesma animosidade, o líder do Madem-G15, Braima Camará, agradeceu ao povo da região de Bafatá pelo voto massivo dado ao “General di povo” e enalteceu que o Presidente da República irá lavar o rosto dos guineenses, irá acabar com a tristeza dos guineenses e nestes oito meses de mandato ele conseguiu resgatar a soberania da Guiné-Bissau. “Sabemos que ninguém é perfeito e sabemos também que a governação é difícil. As vezes alguém pode pensar que está a construir, quando ao contrário ele esteja a errar noutro lado. Uma coisa muito importante, é que temos um Presidente dialogante. Ele gosta de pedir conselhos e se for o caso de lhe criticar ele aceita a crítica”.
Braima Camará acrescentou ainda que com o Sissoco Embaló na Presidência da República, custe o que custar e na base de diálogo, vai-se devolver a alegria a este povo e acabar com as matanças para que a paz e a estabilidade se possam consolidar na Guiné-Bissau.
“O Sissoco, na qualidade de Presidente da República, ele imprimiu uma nova dinâmica de parceria entre a Governo e a Presidência da República. Em consequência, o salário da Função Pública está a ser pago pontualmente em 20 dias de cada mês; o tratamento no hospital é gratuito; as mulheres grávidas já não morrem nos hospitais por falta de oxigénio”.
O coordenador do Madem-G15 esclareceu que as pessoas que não têm boa fé, as vezes fazem o csso de confundir a opinião pública por causa do novo coronavírus. “Hoje, o barril do petróleo, não tem comprador. Quando não se comprar a castanha de caju alguém pode atribuir a responsabilidade ao Governo, não”.
Ele disse que graças a coragem do Sissoco, que ao chegar ao poder derrubou o Governo que não pagava salários e nomeou outro Governo que agora paga salários entre 15 e 20 dias de cada mês e acabou com a greve dos funcionários. “Esta mudança que o Presidente Sissoco diz ser de “geração de concreto” a nossa geração veio para transformar a Guiné-Bissau. E se Deus quiser, podemos dizer-vos que nesse mandato do Sissoco, a poeira acabará em Bafatá. Vamos discuir, planear e mudar tudo que é necessário e ninguém estará acima da lei”, sublinhou o Bá Quecutó, como é mais conhecido.
O coordenador do Madem-G15 terminou a sua intervenção com o otimismo de que vai-se fazer tudo por tudo para que a Constituição da República seja respeitada integralmente; que o regimento da ANP seja respeitado e se faça força para que toda a gente se perdoe mutuamente todo o mal cometido.
Unidade de todos para acompanhar o Sissoco
O ministro do Interior, Botche Candé, pediu a população de Bafatá para que a gente se una atrás do Presidente Sissoco Embaló para ele limpar as lágrimas dos guineenses. “Alguns presidentes que vieram a Bissau comprometeram-se alcatroar algumas ruas de Bissau graças a amizade com o seu homólogo, Umaro Sissoco. Ninguém chegou de conseguir esse tipo de apoio na Guiné-Bissau”, sublinhou o ministro.
Botche Candé destacou ainda a presença, na Guiné-Bissau, do Presidente da República Federativa da Nigéria, Muhammadu Buhari, que raramente se desloca para outros países, mas graças a sua amizade com o seu homólogo guineense, ele participou nas comemorações, em 2020, do dia da independência nacional.
Em relação as cortes de energia que ultimamente eram verificadas em Bissau, Botche Candé esclareceu que Umaro Sissoco Embaló chamou ao seu Governo e a situação já está saneada.
“As nossas crianças da etnia Fulacunda estão nas ruas a pedir esmola e elas andam sujas. A partir de hoje essa prática acabou”, disse o titular da pasta do Interior.
Saliente-se, entretanto, que que no comício popular usaram da palavra o governador da Região, Cabá Sambú e o régulo Aladje Seco Mussá Sidibé, tendo apontados inúmeras dificuldades com que a região se confronta, isto apesar das suas potencialidades naturais.
Bacar Baldé
Sem comentários:
Enviar um comentário