A Rede das Mulheres Mediadoras promoveu um projeto de reforço do quadro jurídico institucional e das capacidades dos atores por uma exploração mineira transparente, equitativa e sustentável, um ateliê de capacitação a decorrer de 10 a 11 do mês em curso, visando dotar os membros da rede de instrumentos e técnicas de mediação de conflitos e contribuir, de forma sustentável, na construção da paz efetiva entre as comunidades.
Muscuta Turé aconselhou os técnicos desta rede que integrarão a equipa que vai lidar diretamente com as populações, que o trabalho da mediação de tumultos implica entrega total, paciência e neutralidade.
Por sua vez, a presidente da Remune, Maria da Conceição Fernandes, assegurou que o objetivo da organização, enquanto estrutura de mulheres mediadoras, visa promover o diálogo inclusivo e sustentável entre as comunidades para a construção de uma paz efetiva e garantir a coesão e o bem-estar.
De acordo com Fernandes, as comunidades transformaram-se em palco de agressões físicas e psicológicas, tudo com consequências gravosas que, muitas vezes, infelizmente, consubstanciam-se no ceifar de vidas e na destruição de habitações e outros bens materiais.
“Esta trajetória, a prosseguir, poderá levar-nos a um desfecho completamente imprevisível, correndo-se o risco de ver o país mergulhado num clima de violência”, explicou.
Na sua curta intervenção, a representante da Swissaid na Guiné-Bissau, Sílvia Russo, disse que a parceria estabelecida com a Remume, que deu lugar à realização deste ateliê de dois dias, resulta do trabalho desenvolvido no terreno entre a rede e a sua organização, trabalho que merece continuidade.
Na opinião da presidente da Remume, a nossa responsabilidade de prevenção, mediação e resolução de conflitos aumenta e torna-se cada vez mais exigente.
Nesta ordem de ideias, constitui tarefa da rede estar, a cada dia que passa, mais bem preparada a fim de fazermos face a esta empreitada que os desafios contemporâneos nos colocam.
Ao presidir à abertura do ateliê, a coordenadora do Conselho das Mulheres Guineenses, Ana Muscuta Turé, adverte que o trabalho ora iniciado é de muita responsabilidade, mas que acredita na competência da Remume em dar respostas satisfatórias em relação à resolução de conflitos no terreno dentro dos próximos dois anos.
Julciano Baldé
Conosaba/
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