A Direção Geral da Florestas e Fauna (DGFF) desconhece a operação que está a ser levada a cabo para a recuperação de madeiras nas diferentes carpintarias e serrações, em Bissau, garante ao CNEWS, uma fonte da instituição.
Em conversa não gravada, a fonte revelou que todo o trabalho decorre à margem da Direção Geral das Florestas e Fauna, sob a suposta coordenação da Comissão Interministerial, recentemente criada para a gestão das madeiras que ainda se encontram nas matas do país.
“O que eles estão a fazer não é do nosso conhecimento. Embora façamos parte da comissão, lamentalvemnete, não fomos informados do que se passa”, disse o confidente do Capital News.
Sobre a deposição das madeiras em causa, nas instalações militares, na Base Aérea de Bissalanca, a fonte do jornal lamentou a escolha do local, uma vez que segundo afirma, devia ser a DGFF a ser “fiel depositário”, enquanto entidade gestora do produto florestal.
Relativamente às reuniões da Comissão Interministerial, estrutura da qual fazem parte os Ministérios da Agricultura, do Ambiente, das Finanças, e do Interior, a fonte da Direção Geral das Florestas e Fauna revela que, nos últimos tempos, os encontros ocorrem sem oconhecimento das autoridades florestais.
“A única operação da qual soubemos foi das madeiras provenientes das instalações da STENACKS (apreendidas pela PJ), cujo produto está neste momento a ser alvo de trabalhos técnicos nos nossos serviços”, revelou.
A polémica sobre madeiras envolvem, atualmente, várias entidades guineenses, desde a Associação de Madeireiros Industriais, Colectivo de Operadores Económicos Não Industriais, Proprietários das Carpintarias, bem como os Operadores de Lenhas e Carvão, que segundo apurou o CNEWS, com a exceção da Associação dos Madeireiros, todos estão contra a forma como está a ser gerido o proceso de madeiras na Guiné Bissau.
Por CNEWS com Conosaba do Porto
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