O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, desafiou hoje os deputados guineenses a aprovarem uma remuneração cerca de 900 euros mensais aos antigos combatentes pela independência do país.
"Foi para afirmação da dignidade da pessoa humana que empunharam as armas pela independência contra todos os riscos e sacrifícios, mas, no fim, conquistaram o desrespeito e a marginalização da sociedade", afirmou Cipriano Cassamá.
O presidente da Assembleia Nacional Popular discursava na sessão de abertura da primeira sessão da X legislatura, que começou hoje e vai decorrer até 14 de janeiro.
"O nosso desafio, que aqui lanço, é de iniciarmos o processo de reconversão da vida dos antigos combatentes tornando uma realidade, já na Lei de Orçamento Geral de Estado de 2020, a remuneração mensal de 600 mil francos cfa (cerca de 914 euros) aos combatentes da liberdade da pátria, acompanhada da implementação efetiva das leis que regulam essa categoria de cidadãos no nosso país", disse.
Cipriano Cassamá recomendou também à comissão organizadora da Conferência (de Reconciliação) Nacional para redobrarem esforços para permitir a sua realização no "primeiro trimestre de 2021", para que possa ser definido o "modelo de reconciliação a implementar no país".
Durante a primeira sessão ordinária, os deputados guineenses vão, entre vários assuntos, eleger o primeiro vice-presidente do parlamento, analisar a situação política do país, o ante projeto de revisão da Constituição e debater e aprovar o Orçamento de Estado de 2021.
Conosaba/Lusa
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