A ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria da Conceição Évora, defendeu que “é imperativo” promover o abandono de violências contra as mulheres, para permitir que elas tenham uma participação ativa no desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau.
Maria da Conceição Évora fez esta chamada de atenção na cerimónia do lançamento da jornada dos 16 dias do activismo, subordinada ao lema: “pinte o mundo de laranja: lute contra a violência baseada no género durante a pandemia da Covid-19”, promovida pelo Instituto da Mulher e Crianças, na qual sublinhou que a data deve servir da reflexão sobre a vida das mulheres em todo o mundo.
A governante garantiu o engajamento do seu ministério na proteção e promoção das mulheres, sobretudo das mais desfavorecidas da sociedade guineense.
Conceição Évora lamentou o facto de as mulheres e crianças na Guiné-Bissau serem as camadas “menos passivas” na esfera da tomada de decisão a nível familiar e comunitário e desprovido de oportunidade de gozar seus direitos básicos e desenvolver seus potenciais.
Por outro lado, a presidente da Rede Nacional de Combate à Violência baseada no género e criança (RENLUV), Aissatu Camará Injai, advertiu as famílias a tomarem cuidados com a forma como educam as suas crianças, porque muitas vezes os meninos e meninas vivem em mundos diferentes e são também ensinados direitos e deveres diferentes, que influenciam de forma negativa, no matrimónio, na vida profissional, política e na sociedade em geral.
Aissatu Camará Injai sublinhou que é necessária que se faça a revisão da lei de paridade para que seja incluida a alternância de sexo em todos os componentes da esfera política. E disse esperar que os 40% da lei de paridade solicitado seja atingido.
Camará apelou aos pais e encarregados da educação que comecem a educar seus filhos na base da igualdade e equidade de género e que escolarizem as meninas para que sejam autónomas.
Ao governo guineense apelou à promoção das ações que estimulem o maior compromisso social no sentido de previnir, punir e eliminar aceitação social de todas as formas de violência contra as mulheres e que elabore um orçamento ao género com apoio das organizações da sociedade civil.
Por: Djamila da Silva
Foto: D. S
Conosaba/odemocratagb
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