quarta-feira, 25 de novembro de 2020

ESPECIALISTAS DA ÁFRICA OCIDENTAL RECONHECEM IMPACTO NEGATIVO DA PANDEMIA DA COVID NAS ECONOMIAS DA REGIÃO


Os altos funcionários e especialistas da África Ocidental reunidos hoje na 23ª sessão do Comité Intergovernamental concluem que a pandemia de covid-19 afectou todos os sectores da economia dos países da sub-região.

Durante a reunião adhoc deste grupo, que decorre hoje e amanhã sob o lema: “maximizar os investimentos para optimizar as dinâmicas demográficas no contexto de covid-19, imperativo de um melhor relançamento”, simeon Koffi da comissão da CEDEAO avançou que os sectores agrícolas e da pesca não sentiram grande impacto da covid-19.

“ Com a pandemia de covid-19 anunciada no final do ano passado, as economias nacionais dos países membros baixaram em 12%, o orçamento conheceu um deficit de 7%, igualmente assistimos a deteorização da balança comercial deste ano e a depreciação da moeda no espaço CEDEAO no primeiro trimestre de 2020”, concluiu.

Já o director da Comissão Económica para o Escritório Sub-Regional para a África Ocidental Bacary Dosso afirmou que a escolha do tema '' Economia geracional e transformação estrutural na era COVID 19 na África Ocidental'' é uma forma CEA-áfrica ocidental sublinhar os desafios demográficos particularmente agudos na sub-região e destacar a estreita conexão entre a dinâmica populacional e os objectivos de desenvolvimento sustentável que os países estão perseguindo, com o risco de que a pandemia covid-19 pudesse desviar esforços das políticas populacionais.

“O crescimento populacional na África Ocidental é estimado em 2,6% em 2020, mais que o dobro da média mundial de 1,04%. Embora tenha havido um declínio consistente no crescimento populacional na África Ocidental, em parte explicado pela redução das taxas de fertilidade, o progresso ainda é lento em comparação com outras regiões e sub-regiões do mundo”, diz acrescentando que “ quanto ao período 2015-2020, a taxa total de fertilidade da região caiu para 5,18 em comparação com 6,9 entre 1975 e 1980, sugerindo um baixo declínio da fertilidade. Estima-se que as taxas totais de fertilidade na maioria dos países da África Ocidental permaneçam entre as mais altas do mundo, com prevalência de paralisação da fertilidade em 2020. Como resultado, a África Ocidental apresenta a transição demográfica mais lenta na África”.

Por outro lado, Dosso reconheceu que dado os muitos desafios associados à dinâmica populacional na África Ocidental, “os efeitos adversos da crise do Covid-19, alcançar a agenda de 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e a agenda de 2063 para as aspirações da África para o futuro, exigirão uma melhor compreensão das transformações demográficas da região e políticas essenciais para a obtenção de dividendos demográficos, como acesso à qualidade e à saúde acessível e protecção social, educação de qualidade e oportunidades de trabalho para os jovens”.

Na primeira parte da reunião de hoje, os participantes analisaram não só o impacto socioeconómico da pandemia da covid-19 na África Ocidental, como também seu impacto macroeconómico e impacto sobre a segurança alimentar.

Ainda hoje, foi discutida os efeitos da covid-19 sobre a economia geracional: caso da Nigéria.

Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto 

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