terça-feira, 14 de julho de 2020

MINISTRO DA SAÚDE PÚBLICA GUINEENSE DEU PONTO DE SITUAÇÃO DA PANDEMIA APÓS DA INTERVENÇÃO NO PARLAMENTO



Ministro da Saúde Pública António Deuna dando ponto de situação da pandemia do covid-19 na Guiné-Bissau na sequência da sua intervenção no Parlamento.
Conosaba/Aliu Cande 


Ministro da Saúde: “SÃO NECESSÁRIOS 1741 TÉCNICOS DE SAÚDE PARA FAZER FACE ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO GUINEENSE”

O ministro da Saúde Pública, António Deuna, revelou esta terça-feira, 14 de julho de 2020, que a Guiné-Bissau precisa de 1741 técnicos de saúde de diferentes áreas e especialidades para as 11 regiões sanitárias que o país dispõe para fazer face às necessidades da população guineense. 

O governante falava hoje, 14 de julho de 2020, na ANP, durante a sua interpelação pelos deputados da nação sobre a atual situação do estado epidemiológico no país.

Em resposta às questões dos deputados, Deunainformou que atualmente a Guiné-Bissau tem 1.902 casos de infeção, 803 dos quais dados como recuperados e 26 óbitos.

Segundo o ministro da Saúde Pública, só o Hospital Nacional Simão Mendes precisa de 306 técnicos de saúde de deferentes especialidades e, se a esse número forem associadas as necessidades dos centros de saúde, em todo o território nacional, chegar-se-á à conclusão que é preciso colocar mais profissionais de saúde para fazer face à demanda da população. 

Lembrou aos deputados que, das 11 regiões sanitárias do país, sete têm casos de infeção pelo novo coronavírus e que apenas quatro delas, nomeadamente: as regiões sanitárias de Quinara, de Farim, de Bolama e os Arquipélagos dos Bijagós ainda não estão infetadas.

O governante frisou que assumiu o ministério da Saúde Pública com enormes problemas, não existia nenhum banco de dados que o pudesse ajudar a ter informações sobre o número total de médicos, parteiras e enfermeiros e como estavam enquadrados. Por isso criou-se uma comissão que irá fazer um levantamento do número real de técnicos de saúde que o país tem e quantos estão a trabalhar e quantos não estão a trabalhar.

António Deuna disse que, para sanar certas situações, o governo teve que tomar algumas medidas para fazer com que certos serviços do Hospital Nacional Simão Mendes fiquem acessíveis aos utentes. 

“Tomamos medidas que, a partir deste momento, todas as cirurgias programadas, como também as urgências, não serão pagas. As consultas que eram a 2500 francos CFA no Hospital Nacional Simão Mendes, passam a ser gratuitas, para crianças e adultos passam a ser 1000 francos CFA nas diferentes especialidades. Tanto o acesso aos medicamentos e consultas no banco de urgências, maternidade e pediatria tudo é gratuito. Qualquer caso que der entrada nesses serviços serão atendidos gratuitamente “, informou.

Para além de número de técnicos, António Deunaafirmou que a sua equipa está a fazer um trabalho de levantamento a nível nacional, para saber que estruturas estão em funcionamento e as que não estão a funcionar, para se poder criar as condições para que todos eles funcionem.

O governante lembrou que, de acordo com Plano Nacional do Desenvolvimento Sanitário (PNDS), em cada localidade ou povoação habitada por 12.500 habitantes é obrigatório o estado colocar um centro de saúde, evitando cidadãos se desloquem quilómetros e quilómetros para terem acesso a cuidados de saúde.

“Não existe política definida para especialização, assim é difícil que o nosso sistema de saúde avance, por isso estarmos a procurar parceiros para financiar bolsas de estudo de 150 técnicos de saúde em diferentes áreas e para especializações”, notou.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A 
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