Bissau - O antigo primeiro-ministro guineense Carlos Gomes Júnior, regressado ao país na quinta-feira, depois de cinco anos a residir em Portugal, não poderá participar no congresso do partido que liderou durante 12 anos, disse o porta-voz do PAIGC.
João Bernardo Vieira indicou que, a luz dos estatutos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior "não tem como ir ao congresso, enquanto delegado".
O porta-voz do PAIGC salientou que os actuais estatutos do partido são os que vigoram desde quando Gomes Júnior era líder, pelo que, disse, este "os conhece perfeitamente".
Não sendo delegado escolhido nas bases do partido e sem ser também membro de qualquer órgão dirigente, o antigo líder só pode estar no congresso, marcado para entre 31 de Janeiro e 04 de Fevereiro, enquanto convidado, disse João Bernardo Vieira.
Na qualidade de convidado, Carlos Gomes Júnior não poderá ser eleito para qualquer órgão e nem participar nas votações, sublinhou o porta-voz do PAIGC.
Ao chegar ao país, na última quinta-feira, oriundo de Lisboa, onde residiu nos últimos cinco anos desde que foi derrubado num golpe militar, Carlos Gomes Júnior admitiu a possibilidade de se candidatar à liderança do PAIGC, caso seja esse o entendimento dos militantes daquele partido.
"Carlos Gomes Júnior liderou o PAIGC em vários processos eleitorais com êxito, pelo que tem o direito de participar no congresso", afirmou o porta-voz do grupo, Fernando Vaz, ministro do Turismo no Governo demissionário.
Conosaba/angop
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