quarta-feira, 9 de novembro de 2016

LÍDERES AFRICANOS CREEM QUE ELEIÇÃO DE TRUMP NÃO AFETARÁ RELAÇÕES COM EUA


Líderes africanos deram hoje as boas vindas ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestando-se confiantes de que as relações com aquele país não serão afetadas pela eleição do candidato republicano.

"Os laços que unem o Quénia e os Estados Unidos são próximos e fortes (..) a nossa amizade perdurará", afirmou o presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, citado pela EFE.
Num país que idolatra Barack Obama, cujo pai nasceu no Quénia, o presidente do país africano sublinhou que a vitória de Donald Trump demonstrou que "o povo dos Estados Unidos falou e fê-lo com clareza".
O seu vice presidente, William Ruto, louvou o candidato republicano por se ter imposto contra "a imprensa negativa" e por ter ganhado as eleições de forma "contudente".
Paul Kagame, presidente do Ruanda, um dos principais parceiros dos Estados Unidos no continente africano, considerou que a vitória de Trump foi "merecida", afirmando que espera manter as "boas relações" com o governo americano, especialmente desde o genócídio que ocorreu no Ruanda em 1994.
"Em nome do povo Burundi, felicitamo-lo cordialmente. A sua vitória é a vitória de todos os norte americanos", afirmou o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, cujo governo foi acusado pela ONU de violações dos direitos humanos.
O presidente do Senegal, Macky Sall, congratulou-se com a vitória republicana e manifestou a sua vontade em manter "relações privilegiadas", mesmo após a chegada de Donald Trump ao poder.
O candidato republicano foi ainda felicitado através da rede social "Twitter" por outros líderes africanos, tais como, o presidente do Uganda, Yoweri Museveni, do Ghana, John Mahama, e da Tanzânia, John Magufuli.
Nos últimos anos, os Estados Unidos e a China competiram para garantir a sua presença em África, batalha ganha em 2009 pelos orientais, que ultrapassaram os americanos e se tornaram nos principais parceiros de investimento dos africanos.
Barack Obama chegou a ser criticado por se ter esquecido de África durante o seu mandato, embora muitos acreditassem que as suas origens africanas ajudariam a incluir o continente nas suas prioridades.
Numa alegada tentativa para se reconciliar com África, Obama realizou uma visita ao continente com uma grande carga simbólica, já que se converteu no primeiro líder norte americano em funções a deslocar-se ao Quénia e à Etiópia.
Por agora, o novo presidente, Donald Trump, ainda não esclareceu que posição terá relativamente a África, em termos de política exterior, nos próximos quatro anos.
Lusa/Conosaba

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