O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou que aceitou pedido de abertura de processo de impeachment da presidente brasileira Dilma Rousseff.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva na própria Câmara nesta Quarta-feira, após o partido da presidente, o Partido dos Trabalhadores (PT), afirmar que continuará com o pedido de cassação de Cunha.
O pedido de impeachment de Dilma foi apresentado em outubro pelo jurista Miguel Reale Junior, que usou como argumento a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que rejeitou as contas do governo de Dilma Rousseff de 2014.
Na ocasião, o tribunal analisou o atraso no repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, referentes a despesas com programas sociais do governo, o que configuraria operação de crédito, além de cinco decretos envolvendo créditos suplementares assinados pela presidenta Dilma Rousseff, sem autorização do Congresso Nacional.
O pedido de impeachment vai ser votado agora na Câmara dos Deputados. São necessários os votos de dois terços dos total de deputados (513), em plenário, para autorizar o processo de impeachment, que, se aprovado, seguirá para o Senado.
Jogo político. A decisão foi anunciada no mesmo dia em que a bancada do PT afirmou que vai continuar o processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Cunha foi denunciado em Agosto deste ano pelo Procurador-Geral da República por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
Agora responde ao processo de cassação no Conselho de Ética da Casa porque, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobrás, afirmou que não possuía contas no exterior, mas investigações encontraram contas bancárias secretas dele e de sua mulher na Suíça.
Com Agência Brasil.\\Conosaba
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