Zamora Induta, ex chefe de Estado maior das forças armadas guineenses, alega estar a ser alvo de perseguição. O vice-almirante foi ouvido hoje pela justiça militar, não obstante o Tribunal superior militar ter considerado infundadas as acusações que pesavam contra ele no caso de uma alegada tentativa de golpe de Estado em 2012.
Zamora Induta foi detido em Setembro e acabaria por ser solto apenas 50 dias depois, em meados do mês passado.
Já ontem o seu advogado, José Paulo Semedo, voltara a denunciar a alegada falta de independência da Promotoria da Justiça Militar acusando-a de acusações infundadas ao se submeter às instruções do Tribunal Superior Militar.
E isto porque este órgão instara ontem a Promotoria a abrir um novo processo contra Zamora Induta numa nova peripécia de um caso em que no passado este fora acusado dos crimes de homicídio, tentativa de subversão da ordem constitucional e terrorismo.
Um caso em que ele se arriscava a cumprir 20 anos de cadeia, embora os demais arguidos tivessem entretanto sido ilibados.
Não obstante Induta ter sido solto este continua sem passaporte.
Zamora Induta pergunta quem se vai responsabilizar pelo período de detenção que cumpriu e pelo facto de poder ficar sem bolsa para o doutoramento que é suposto estar a cumprir.
Um doutoramento que é, alega ele, a sua prioridade do momento. Assim que o terminar Induta diz-se pronto a voltar e a responder às acusações que possam proferir contra a sua pessoa.
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