quinta-feira, 17 de julho de 2025

CPLP: Guiné-Bissau assume a presidência do Conselho de Ministros da organização

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira (E), preside à reunião do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Bissau, Guiné-Bissau, 17 de julho de 2025. LUSA - MANUEL DE ALMEIDA

Decorre hoje em Bissau a 30ª reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP com a segurança alimentar em pano de fundo. A Guiné-Bissau passa a assumir a presidência dos chefes da diplomacia de países lusófonos.

A partir desta quinta-feira, 17 de julho, justamente 29 anos após a criação da CPLP, a Guiné-Bissau assume a presidência do Conselho de Ministros da comunidade.

A passagem da presidência aconteceu na abertura da 30ª reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros dos nove Estados que compõem a comunidade.

Na sua intervenção, Carlos Pinto Pereira, o chefe da diplomacia guineense e que por inerência é o presidente do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP, destacou que a comunidade deve passar da retórica para a promoção de acções transformadoras.

A Guiné-Bissau escolheu como lema da presidência da comunidade lusófona: “A CPLP e a Soberania Alimentar: um Caminho para o Desenvolvimento Sustentável”.

Carlos Pinto Pereira afirma que o direito à alimentação adequada, segura e sustentável constitui a preocupação comum de quase todos os países e povos da CPLP.

Para o governante guineense, “garantir a soberania alimentar é mais do que assegurar a produção de alimentos, é garantir a dignidade dos povos, a resiliência das nações e a estabilidade das sociedades”.

O chefe da diplomacia guineense é de opinião de que a fome, a insegurança nutricional e a dependência externa “afectam directamente o desenvolvimento das economias e a saúde das populações, particularmente dos países africanos de língua portuguesa”.

A cooperação técnica, científica e solidária nos sectores agrícola e agroalimentar com intercâmbio de boas práticas e políticas públicas eficazes poderiam ajudar a reverter aquelas situações, defendeu Carlos Pinto Pereira.

Por: Mussá Baldé
rfi.fr/pt/

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