Vista geral da mina Tenke Fungurume, uma das maiores minas de cobre e cobalto do mundo, no sul da República Democrática do Congo. Junho de 2023. (Imagem de ilustração). © EMMET LIVINGSTONE / AFP
As matérias-primas desempenham um papel crucial nas dinâmicas económicas e comerciais, bem como nas relações entre Estados. Quer se trate de matérias-primas agrícolas, de energia ou de metais. A África Subsariana possui cerca de 30% das reservas comprovadas de minerais essenciais. O aumento da procura gera uma forte competitividade na exploração.
Segundo Emmanuel Hache, especialista em matérias-primas, “existe o que se chama de diplomacia mineral, que se concentra na América Latina, na Ásia e, naturalmente, em África, devido ao enorme potencial do continente. Os metais e minerais estratégicos desempenham um papel crucial na transição energética. Por exemplo, as baterias de veículos elétricos são compostas por cobalto e lítio.”
O investigador acrescenta ainda que as “carências energéticas” e “o peso das multinacionais a actuar em África”, são dois dos obstáculos que devem ser eliminados para que o continente possa, finalmente, beneficiar destas matérias-primas, transformando a sua exploração em desenvolvimento efectivo dos países.
Aproximadamente 70% da produção mundial de cobalto vem da República Democrática do Congo, que possui as maiores reservas do mundo. O Mali possui reservas significativas de lítio, especialmente na área de Bougouni e o Zimbabué é um dos maiores produtores de lítio em África, com minas em Bikita e Kamativi, o país tem reservas estimadas em 23 milhões de toneladas. Angola também possui depósitos significativos, como na mina de Jamba, na província de Huíla.
Por: RFI
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