Depois da queda do Artigo 04 pensava-se que as forças de defesa e segurança do nosso país-continente tivessem mudado de mentalidade, obedecendo exclusivamente aos ditames da Constituição.
Ficou porém bem claro, com a queda do Artigo 04, de que afinal falta muito trabalho por fazer para tornar as forças de defesa e segurança verdadeiramente republicanas.
As forças de defesa e segurança vêm sendo politizadas em muitos dos nossos países, e passaram a constituir um perigo permanente, porque muitas vezes agem em defesa dos interesses do Presidente da República no poder, em vez de garantirem o requerido distanciamento das disputas políticas.
Foi o que aconteceu no nosso sistema político, em que os militares, embora sendo um direito fundamental que lhes assiste, votaram massivamente no Paigc, e, no ato criminoso de invasão as sedes dos órgãos de soberania, para confirmar a sua preferência pelo Boss, ficaram pura e simplesmente a observar as destruições acontecerem sem nenhuma intenção de intervir.
Nos nossos países, isto é, os países ao Sul do Sahara, as forças de defesa e segurança (FDS) sempre mostraram a sua tendência, o que tem influenciado negativamente no comportamento dos nossos chefes de estado, abrindo a muitos o apetite de se tornarem ditadores.
É nelas que esses chefes de estado se apoiam para esmagar, silenciar, humilhar, torturar e amedrontar os adversários (vozes contestatárias dos regimes), como forma de reduzir as suas chances de acesso ao poder político ao mais alto nível na hierarquia do Estado, ou seja, a presidência da república.
É chegada a hora das forças de defesa e segurança observarem uma certa equidistância para assim contribuírem ao fortalecimento das instituições do Estado, condição SINE QUA NON para que os esforços nacionais possam ser canalizados para as tarefas de desenvolvimento, desejo último dos cidadãos.
Nós temos confiança nas nossas forças de defesa e segurança, e estou convencido de que elas jamais serão fatores de instabilidade, sobretudo
Nos momentos dos grandes embates eleitorais, como as eleições legislativas que se aproximam e as presidenciais de 2025.
Com a liderança do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP), General Biague Nan Tan., os defensores da nossa integridade territorial passaram a ser um exemplo na sub-região, em termos de postura, pelo que merecem do povo um DJARAMA ETERNO.
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau!
Que Deus abençoe a liderança da Guiné-Bissau!
Que Deus dê cada vez mais luz às nossas forças de defesa e segurança para continuarem a orgulhar-
Nos!
Bairro Ajuda
Bxo: 04/09/24
Por: Yanick Aerton.
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