segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Agricultura. FAU PRETENDE ACABAR COM IMPORTAÇÃO DE ARROZ UTILIZANDO SISTEMA RIZÍCOLA INTENSIVA

 

 Inconformados com a crescente importação de quase 200 mil toneladas de arroz por ano, que representa cerca de 90% do consumo anual e é a base da dieta da população, um grupo de jovens empreendedores nacionais decidiu criar a empresa FAU-GLOBAL-AGRO-GB-SARL.

Projeto, segundo os promotores, é dirigido às comunidades rurais, com características ecológicas e mediante recomendações técnicas, foi iniciado na região leste do país, concretamente na região de Bafatá, setor de Contuboel, inicialmente na tabanca de Sau-cunda.

O objetivo era explorar a extremidade do rio Geba, por ser água doce e apropriada para a agricultura. No entanto, devido a inconveniências de última hora, não foi possível implementar o projeto nessa comunidade.

Em seguida, os jovens foram acolhidos pela tabanca de Embalo Kunda, no mesmo setor, para a implementação na prática do projeto Sistema Rizícola Intensiva (SRI).

Esse sistema consiste em realizar a hidratação dos canteiros, que é fundamental para garantir que o substrato esteja adequadamente humedecido, criando condições ideais para o desenvolvimento das sementes.

Foi na tabanca de Embalo-Kunda que estes jovens iniciaram o projeto piloto e neste domingo estiveram no terreno com parceiros, para visitar o campo cultivado e já quase na face de colheita.

No entanto, o engenheiro do projeto Domingos Fonseca afirmou que optaram pela utilização do Sistema Rizícola Intensiva (SRI) para a produção de arroz nas bolanhas escolhidas porque é uma técnica muito simples mas um pouco diferentes em relação a outras técinca. “ Depois de muita análise, o projeto optou-se por esta técnica porque quadruplica o rendimento normal do arroz”.

Segundo técnico Domingos Fonseca, estima-se que dos 30 hectares da bolanha de Embalo-Kunda utilizada, prevê-se um rendimento de 8 toneladas e multiplicadas por 30, dá 240 toneladas de arroz. “ Daí só nos resta encorajar estes jovens pela coragem em investir nesse projeto porque o custo de produção de técnica habitual é de 650 mil francos cfa por hectares, enquanto a técnica do sistema orizícola intensivo é de 850 mil francos cfa por hectares”.

Uma outra vantagem deste projeto, é envolvimento dos jovens locais na produção e posteriormente, recebem as respetivas remunerações.

O chefe da tabanca de Embaló-Kunda, Meta Embaló, satisfeito com os resultados, confessou que tinham escondido do projeto, uma outra bolanha da comunidade, “ mas com resultados que vimos, vamos entregar a bolanha ao projeto e queremos ainda que entreguem cedo os tratores a comunidade para que possa iniciar os preparativos da próxima lavoura”.

A FAU busca implementar um sistema técnico de irrigação para produzir pelo menos 30% do consumo interno, reduzindo assim a importação de produtos de primeira necessidade e promovendo a produção, abastecimento e consumo interno. Pretende-se expandir este modelo para todo o território nacional e sub-regional, introduzindo técnicas melhoradas de produção agrícola, como o sistema orizícola intensivo.

Para além da região de Bafatá, o projeto será implementado igualmente nas regiões de Oio, Quinara e Tombali.

O projecto foi criado com objectivo de investir na agricultura e focar na produção diversificação sazonal de produtos agrícolas especialmente arroz, cebola, batata-doce e batata inglesa.    

O nome "FAU" é uma sigla que representa as iniciais dos nomes dos acionistas: FAMARA, ABULAI e USSUMANE.

O ministério de Agricultura fez-se repesentar nesta visita pelo chefe de gabinete da Ministra, Corca Bari.

Por. Nautaran Marcos Có- Turé da Silva/radioslmansi com Conosaba do Porto

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