Emmanuel Macron falou hoje perando 250 autarcas convidados para uma reunião no Palácio do Eliseu. via REUTERS - POOL
O Presidente francês recebeu hoje no Palácio do Eliseu autarcas das 250 cidades mais afectadas em França pelos motins que começaram na semana passada devido à morte de um jovem de 17 anos por um disparo de um polícia. Carca de uma centena de câmaras municipais, esquadras da polícia e quase 250 escolas foram danificadas nos motins que aconteceram principalmente na região parisiense.
Sem declarações à imprensa, Emmanuel Macron quis concentrar a sua atenção hoje nos eleitos locais das 250 cidades mais afectadas pelos motins que começaram há cerca de uma semana em França, recebendo-os no Palácio do Eliseu. Segundo relatos de quem estava no evento, o Presidente mostrou-se prudente, dizendo que a sua prioridade é restabelecer a "ordem durável".
Estes motins foram desencadeados na semana passada, em resposta à morte de Nahel, um jovem de 17 anos originário da cidade de Nanterre, na região parisiense, que numa operação stop não parou a sua viatura, recebendo um disparo par parte da polícia e morrendo pouco depois. O vídeo da sua morte percorreu as redes sociais, mostrando que a polícia teria agido com violência excessiva.
Mesmo com o polícia em detenção provisória por homicídio voluntário, os protestos multiplicaram-se em todo o país. A violência chegou mesmo à porta dos eleitos locais, com vários a serem visados por violências e ataques deliberados como o autarca de L'Haÿ-les-Roses, na região parisiense, a ver a sua casa incendiada e a sua família ferida. As madrugadas de segunda e terça-feira foram mais calmas, mas o Presidente diz ter uma atitude "prudente" face aos próximos dias e semanas.
Em algumas cidade tenta-se agora o regresso à normalidade, com danos de pelo menos 20 milhões de euros em edifícios públicos e escolas que poderão mesmo não voltar a abrir no início do próximo ano lectivo, assim como os transportes muito perturbados depois de terem sido incendiados quase 40 autocarros. Uma ajuda excepcional da região de Paris vai ser proximamente desbloqueada para as autarquias, restando ainda o sector privado, com muitos comerciantes a verem destruídas as suas lojas e restaurantes.
Os patrões de França já vieram dizer que estes motins custaram pelo menos mil milhões de euros ao país, com muitas reservas para estas férias em hóteis e centros de congressos a serem anuladas devido à violência no país e à sua divulgação nas televisões e redes sociais em todo o Mundo.
Texto por:RFI co Conosaba do Porto
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