[SEMANA 10_2023] O Frei Papa Paulo Nanque lançou a sua quarta obra literária intitulada “BALOBA”, um breve tratado sobre a religião do povo pepel, dividida em três volumes, que vai colmatar as lacunas incompreensíveis no panorama religioso do povo pepel.
O primeiro volume fala da origem e da expansão do povo pepel nos diferentes territórios da actual Guiné-Bissau, de seus usos e costumes e de sua visão religiosa. O segundo volume descreve o conceito da religião e de todas as formas de religiosidades e o terceiro volume explica o significado e o papel do balobeiro no mundo religioso deste grupo etnico. No último capítulo deste III° volume, é apresentada a dimensão metafísica do culto na etnia pepel.
“Há muito considerada por observadores externos como uma realidade anacrônica, ver diabólica, as religiões tradicionais africanas ainda estão vivas no coração, no espírito e no comportamento de cada africano: civilizado ou não civilizado. A Baloba revelou-se, no entanto, pelo estudo aprofundado que acabamos de fazer, de um valor sociocultural que ainda conserva toda a sua potencialidade humana, ética e religiosa, apesar das suas fragilidades”, disse o Frei na sua curta declaração ao semanário O Democrata.
BIOGRAFIA
Papa Paulo Nanque é natural de Bijimita, região de Biombo, no norte da Guiné-Bissau. É licenciado em sociologia. Fez os estudos primários e preparatórios em Quinhamel de 1975 a 1980.
Concluiu o ensino liceal em 1982/83, em Bissau, no liceu nacional Kwame N´Krumah. De 1983/86 frequentou o seminário e só mais tarde começou a formação de postulando para ser padre, (1987/89).
Papa Paulo Nanque é frade e sacerdote na Ordem dos Frades Menores da Custódia de São Francisco de Assis (Guiné-Bissau). Foi missionário e pároco da paróquia “des Saints Martyres de Marrakesh, no Reino de Marrocos.
Atualmente é responsável pela pastoral em Caboxanque na Diocese de Bafatá, região de Tombali.
É autor do livro “Antepassados-introdução a cosmologia pepel”, do “Conceito do homem – introdução cosmologia pepel” e do livro “Fundação da Terra ou dos Reinos”, todos publicados em 2017.
Por: Epifânia Mendonça
Conosaba/odemocratagb
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