O Partido da Renovação Social (PRS) avisou que se reserva no direito de usar todos os meios legítimos disponíveis para combater intransigentemente os sucessivos raptos e espancamentos de cidadãos na Guiné-Bissau, sublinhando que estas práticas são típicas dos regimes ditatoriais.
“Diante de um contexto político de muitas adversidades caracterizado por sucessivos raptos e espancamentos de cidadãos e perante sinais evidentes da sua continuidade, particularmente contra dirigentes políticos e líderes de opinião, o PRS deixa claro à opinião pública nacional e internacional de que se reserva no direito de usar todos os meios legítimos disponíveis para combater intransigentemente estas práticas desviantes em democracia típicas dos regimes ditatoriais” lê-se na resolução final da reunião da comissão política nacional do partido lida por Hotna Cufuck Na Doha.
Sobre a caducidade dos membros do secretariado executivo da Comissão Nacional das Eleições (CNE), os renovadores acusam o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, e demais atores políticos que supostamente optaram pela via do bloqueio de quererem conduzir o país a um cenário de conflito eleitoral sem precedentes e ainda com consequências imprevisíveis.
“O senhor Presidente da ANP decidiu pensar unilateralmente ter dar por encerrada a questão, quando sabia perfeitamente e o povo guineense também sabe que a mesma nunca se encerrou de modo algum e deve ser resolvida pela entidade competente, de forma a permitir a realização com transparência das eleições marcadas para o dia 4 de junho de 2023” disse o partido, exigindo ao Cipriano Cassamá uma explicação cabal sobre o seu entendimento de que a Comissão Permanente (CP) não é competente para solucionar o imbróglio, tendo lembrado que “a luz da ordem jurídica nacional não existe nenhum outro órgão nacional de soberania com competência nesta matéria”.
“Repudiar e lamentar fortemente as declarações do Cipriano Cassamá sobre a CNE que configuram uma clara fuga à responsabilidade porquanto foi mandatado pela CP para encontrar pressupostos legais que lhe permitissem poder deliberar sobre o assunto com a segurança” repudiou.
Os membros da Comissão Política Nacional exigiram também a “imediata” libertação dos detidos no caso 1 de fevereiro sem culpa formada e apelaram ao julgamento célere dos acusados no mesmo caso no tribunal competente.
O PRS exigiu ainda o escrupuloso cumprimento do regimento da ANP no que diz respeito à perda do mandato dos deputados que renunciaram à militância no PRS e já se inscreveram noutras formações políticas.
Os comissários ratificaram o fim do acordo de incidência parlamentar e governativa, adotaram os regulamentos de quota e de eleição de candidatos a deputado da nação, tendo recomendado à Direção superior do partido a convocação “o mais breve possível” do Conselho Nacional para aprovação final dos mesmos.
Por fim, o PRS apela aos seus dirigentes, militantes e povo guineense em geral a recensearem-se cumprindo o dever cívico.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
Sem comentários:
Enviar um comentário