O Diretor geral de Pesca Artesanal, Induta Incom, afirmou esta quarta-feira, 02 de março de 2022, que a Pesca Artesanal contribui com 52.631 toneladas de pescado para o abastecimento do mercado nacional. Induta Incom fez esta afirmação na abertura de primeiro ateliê de formação de dois dias sobre a melhoria da gestão durável dos pequenos pélagos, na qual realçou o importante papel da pesca artesanal na subsistência da população ribeirinha e no equilíbrio nutricional da população em geral.
“Este grupo de espécies com moderado valor económico tem um valor social, estratégico e nutricional de grande relevância, na segurança alimentar e na geração de emprego, com ênfase no emprego feminino, e representa mais de 31% das capturas desembarcadas pela pesca Artesanal e a pesca Industrial representa 64% das capturas, pelo que é inegável a importância de espécies pertencentes a esta categoria de organismo (como Carapau, Tainha, Djafal e Sardinelas)” ” revelou.
Segundo Induta Incom, o ateliê de formação “Melhoria de gestão durável de pequenos pelágicos” permitira a formação e sensibilização de investigadores e funcionários do Centro de Investigação pesqueiro aplicado (CIPA) sobre a recolha de dados ambientais e biológicos, através de ferramentas de recolha de dados da nova geração, poluição marinha e encalhes de espécies marinhas, em particular mamíferos marinhos, explicando que a formação enquadra-se na política do governo para desenvolvimento das pescas no eixo concernente à promoção do desenvolvimento da pesca artesanal e da aquacultura e o abastecimento de mercado interno em pescado.
Induta Incom realçou a importância deste ateliê orientado para a melhoria do sistema de recolha de dados e conhecimentos científico sobre os stocks e sítios críticos de pequenos pelágicos para reforço de capacidades dos centros de investigação no sentido de facilitar o processamento e armazenamento dos dados recolhidos, bem como a divulgação dos resultados junto aos decisores, investigadores, parceiros, técnicos e financiadores e do público em geral.
Josefa Pinto, directora de serviço de estatística do ministério das pescas, explicou que o projeto que alberga o ateliê tem por objetivo a melhoria de gestão sustentável de pequenos pelágicos e a criação de mecanismo de gestão sustentável que permitirá a continuidade de acesso aos recursos pesqueiros.
Explicou que, na primeira fase do projeto, foi feito um seguimento de desembarque em 12 pontos estratégicos da Guiné-Bissau das espécies pertencentes aos pequenos pelágicos (como Carapau, Tainha, Djafal e Sardinelas) afirmando que já tem dados processados que serão publicados em breve, e que, nesta segunda fase, o objetivo é consolidar todos os benefícios ou conquistas alcançados na primeira fase, ou seja, fazer com que os técnicos de CIPA e do ministério a apropriarem de conhecimentos adquiridos na primeira fase.
Segundo Josefa Pinto, o ateliê tem ênfase na divulgação dos trabalhos e na introdução dos parâmetros ambientais na gestão da pesca, o que permitirá compreender melhor dinâmica de própria pescaria.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
Conosaba/odemocratagb.
Sem comentários:
Enviar um comentário