O antigo secretário geral do Partido da Renovação Social (PRS), Florentino Mendes Pereira, justificou que a perda de metade dos deputados do partido nas legislativas de 2019, deve-se à “marginalização” da função do secretário geral e à “indefinição estratégica” para o embate eleitoral.
Em moção estratégica distribuída à imprensa esta segunda-feira, 16 de agosto de 2021, momentos depois da entrega da candidatura à Comissão Organizadora do VI° Congresso Ordinário do PRS (COC), Mendes Pereira afirmou que o partido não pode continuar a apresentar-se ao eleitorado sem orientações definidas, fazendo “coligações de circunstância, pouco estáveis e sem linha ou visão bem definidas”.
Lê-se no documento na posse de O Democrata que o líder do projeto “recuperar e vencer o futuro” pretende recuperar a mobilização dos militantes e simpatizantes e promover a confiança do eleitorado, e “com ela, não só recuperar os deputados perdidos, mas também posicionar de novo o PRS como partido vencedor”.
“Se, como espero, contra ventos e marés, conseguir vencer, serei Presidente de todos e de todas militantes, entre os quais não farei qualquer distinção. A união e a estabilidade serão sempre as minhas prioridades”, lê-se.
Disse também que vai apostar na formação política e ideológica dos quadros do partido, anunciando, neste particular, em caso da vitória, lançar o Instituto Koumba Yala e construir uma sede nacional própria.
“Após o congresso”, Florentino Mendes Pereira prometeu criar um Conselho Estratégico do PRS, com vista à apresentação de uma proposta de programa de governo considerando o horizonte temporal de 10 anos.
A mandatária de Florentino Mendes Pereira, Martina Moniz, disse que Mendes Pereira pretende acabar com “divisionismo e separatismo” no partido e unir a família renovadora, que considera dispersa.
No VI ° congresso do PRS, agendado de 16 a 19 de setembro deste ano, no ilhéu de Gardete, a alguns quilómetros de Bissau, concorrem 13 candidatos, nomeadamente o presidente cessante, Alberto Mbunhe Nambeia, Certório Biote, Artur Sanhá, Dionísio Cabi, Mário Siano Fambe, Domingos Quadé, Augusto Poquena, Ribana Beder Inquec, Aladje Sonco, Florentino Mendes Pereira, Francisco Brandão Pereira, Francisco Fernando Yala e Sori Djaló.
O Democrata soube que dentre os 13 pretendentes candidatos, 9 têm acesso direto “por inerência de função” ao congresso, sendo os restantes 4, nomeadamente Dionísio Cabi, Domingos Quadé, Francisco Brandão Pereira e Francisco Fernando Yalá vão ter que concorrer na base para serem eleitos delegados ao congresso, por não pertencerem a nenhum órgão do PRS.
A quatro horas do fim da entrega das candidaturas para a liderança do partido, apenas Lucas Na Sanha apresentou a sua candidatura ao cargo de secretário geral, soube O Democrata, através de uma fonte junto da COC.
O congresso do PRS vai decorrer sob o lema ” O legado Político do Dr Koumba Yala face aos desafios do desenvolvimento” e nele participarão 901 delegados, vindos de todo o país, incluindo a diáspora.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
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