Os responsáveis dos quinze (15) centros sanitários da região sanitária de Bafatá, leste do país, ameaçar começar, na próxima segunda-feira (19), sucessíveis greves e que só serão suspensas com a devolução integral do dinheiro tirado pelo Ministério da Saúde Pública.
A decisão foi tomada, hoje, depois de uma reunião de quase duas horas para estudar a estratégia para pressionar o governo em devolver os 100 milhões retirados da conta bancária dos 15 centros sanitários.
A denúncia do levantamento dos fundos, supostamente sem justificação concreta, foi deita, nesta quarta-feira (14), à Rádio Sol Mansi, pelo responsável da organização da sociedade civil daquela zona leste do país.
Em entrevista à Rádio Sol Mansi, o porta-voz de toda a região sanitária da zona leste, Maria Arlete Pires, sustenta que mesmo com necessidades são sempre impedidos de tirar o mesmo dinheiro na conta bancária, no entanto “exigimos que o mesmo montante seja devolvido na nossa conta, caso contrário, vamos começar uma paralisação até que a nossa exigência seja cumprida”.
Os responsáveis exigem a apresentação de um documento legal que comprova a autorização para o levantamento do montante em causa.
“Ficamos surpreendidos depois do nosso colega ter a necessidade de levantar um montante superior a 500 mil francos cfa, mas o fundo não era suficiente”, explica a porta-voz dos responsáveis das 15 áreas sanitárias.
Entretanto, hoje (16), em conferência de imprensa, para esclarecer a situação que nos últimos dias foi noticiado aqui na Rádio Sol Mansi, através da denúncia de um dos responsáveis da sociedade civil de Bafatá, e que ganhou dimensão na imprensa nacional e internacional, o Ministério da saúde pública confirma ter retirado a soma de 100 milhões de franco cfa dos fundos nos deferentes centros sanitárias de região sanitária de Bafatá.
De acordo com o director geral de administração do sistema de saúde, Silvino Brabá, actualmente o sistema de saúde pública nacional depara com séries de dificuldades, e oi dinheiro foi retirado para colmatar estas mesmas dificuldades.
Perante a proporção que o assunto está a ganhar, o Director-geral da Administração do Sistema da Saúde afirma que o Ministério de Saúde está aberto a qualquer auditoria interna e externa no quadro deste processo.
Silvino Brabá afirma que o assunto está a ter aproveitamento político e chama atenção de que a questão da saúde deve ser um campo de concórdia nacional.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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