O escritor guineense, João Aladje Fadiá, disse que a Guiné-Bissau ainda não conseguiu criar melhoria de condições de vida aos seus cidadãos. O escritor culpa os governantes guineenses pelos atrasos no desenvolvimento.
Fadiá, que actualmente é o ministro das finanças, falava em entrevista exclusiva à Rádio Sol Mansi (RSM), no âmbito do lançamento do seu livro de memória intitulado “Espelho da Vida”, onde fala da sua infância até a vida adulta.
No seu livro, Fadiá fala da sua infância e até a vida adulta, por isso disse que esteve nas matas do país mas agora se interroga dos progressos conseguidos desde a independência do país.
A situação dos hospitais também mereceu as críticas de Fadiá.
“Existem zonas que é muito difícil transportar doente e a condição dos hospitais e incluindo da higiene ´está aquém de desejar`, mas tudo é a culpa dos cidadãos que oferecem para ser governantes, mas que no fim não cumprir com a sua missão”.
Aladje Fadiá lembra que um governante tem por responsabilidade de trabalhar para satisfazer as necessidades dos cidadãos.
“O governante deve colocar a contribuição da população ao favor da própria comunidade, por exemplo os impostos têm que ser investidos nos hospitais. O Hospital Nacional Simão Mendes não consegue fazer uma TAC e as pessoas são obrigadas a recorrer a região de Ziguinchor, no Senegal”, lamenta Fadiá que questiona o preço do material ao ponto da Guiné-Bissau não conseguir disponibilizar fundos para isso.
Na mesma entrevista à RSM, Fadiá disse que a Guiné-Bissau não tinha a necessidade de comprar grandes quantidades do oxigénio para o tratamento dos doentes, sendo que já existe uma fábrica no país.
“Voltei ao Ministério das Finanças neste ano de 2020, mas na minha primeira governação em 2018 lembro-me que o ministério das finanças tinha disponibilizado fundos a um fornecedor que instalou a fábrica do oxigénio no Hospital Simão Mendes. A fábrica não funcionava há muitos meses, mas era preciso apenas 20 milhões”, explica.
O Ministro das finanças garante que estão em curso várias diligências para melhorar o funcionário do maior centro hospitalar do país e incluindo em termos higiénicos e de medicamentos.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Imagem: Marcelino Iambi
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