segunda-feira, 4 de novembro de 2019

PR DA GUINÉ-BISSAU, JOSÉ MÁRIO VAZ CONVOCA COM URGÊNCIA A REUNIÃO DO CONSELHO NACIONAL DE DEFESA E SEGURANÇA



A reunião, que terá lugar no Palácio da presidência da República, deve começar por volta das 19:00, desta segunda-feira.

O Presidente guineense e candidato às presidenciais ainda está no interior do país na caça ao voto rumo às eleições de 24 de novembro.


Conosaba/faladepapagaio


4 Novembro 2019, 17:29

Presidente da Guiné-Bissau convoca reunião do Conselho Superior de Defesa

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, convocou para esta segunda-feira às 19h00 locais (mesma hora em Lisboa) o Conselho Superior de Defesa, disse à Lusa fonte da Presidência guineense.


José Mário Vaz afirmou domingo à noite em Pitche, no norte do país, que a sua decisão de demitir o Governo de Aristides Gomes é irreversível e que iria convocar o Conselho Superior de Defesa Nacional para analisar o que considerou ser uma "desobediência" do executivo demitido.

A Guiné-Bissau vive um momento de grande tensão política: o país tem neste momento dois governos e dois primeiros-ministros, nomeadamente Aristides Gomes e Faustino Imbali.

O Presidente guineense deu posse no dia 31 de outubro a um novo Governo, depois de ter demitido o executivo liderado por Aristides Gomes em 28 de outubro, e afirmou no domingo que a sua decisão "é irreversível".

A União Africana, a União Europeia, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente de demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e disseram que apenas reconhecem o executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em funções.

O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por ser candidato às eleições presidenciais, pelo seu mandato ter terminado em 23 de junho e por ter ficado no cargo por decisão da CEDEAO.

Na tomada de posse do Governo de Faustino Imbali estiveram presentes as chefias militares mas não o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biaguê Na Ntan.

Uma missão da CEDEAO, que chegou no sábado ao país, reforçou domingo que a organização apoia o Governo de Aristides Gomes e voltou a ameaçar impor sanções a quem criar obstáculos à realização das presidenciais em 24 de novembro.

Hoje, o Conselho de Segurança das Nações Unidas ameaçou com novas sanções a todos aqueles que "minem a estabilidade" da Guiné-Bissau.

Lusa 


Sem comentários:

Enviar um comentário