sexta-feira, 18 de outubro de 2019

MOÇAMBIQUE: FILIPE NYUSI RECONDUZIDO NO CARGO, GANHA ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS COM 72%


Dados provisórios dão uma larga vitória ao atual presidente moçambicano, com mais de 70% dos votos. Votação em Ossufo Momade terá chegado a cerca de 21%. Eleições gerais são as sextas do país, após a independência de Portugal.

Os números estão a ser avançados pela Sala da Paz, uma instituição que junta várias organizações da sociedade civil que acompanharam as eleições, e que está a ser citada pelos principais meios de comunicação de Moçambique: Filipe Nyusi, o candidato da Frelimo e presidente em exercício, deverá ser o grande vencedor destas eleições com 72% dos votos. Atrás de si, Ossufo Momade, da Renamo, com 21%. David Simango terá tido 5,8% e Mario Albino deverá ter tido resultados residuais, segundo as mesmas instituições que alegam não haver ainda dados suficientes para divulgar – com excepção da região de Nampula, onde tem Albino sua base eleitoral, adiantam os meios de comunicação de Moçambique. No início do mês passado o candidato do partido extraparlamentar Ação do Movimento Unido para a Salvação Integral denunciou estar a ser vítima de ameaças de morte, por parte de pessoas alegadamente ligadas à FRELIMO.

Cerca de 13 milhões de moçambicanos foram às urnas durante o dia de ontem, 15 de outubro, numas eleições marcadas por pouca violência e um aumento significativo da participação de mulheres no ato eleitoral, comentam os observadores no terreno. Segundo os mesmos responsáveis, as eleições aconteceram de forma relativamente tranquila, e mais de 50% dos eleitores terá cumprido o seu direito de voto.

Nestas eleições gerais (presidenciais, legislativas e provinciais) foi a primeira vez em que os governadores das províncias do país foram a votos, pondo termo à sua nomeação por decreto executivo, como até aqui.

Entretanto, no mesmo dia em que os votos acabam de ser contados na antiga colónia portuguesa, o Fundo Monetário Internacional antevê que a dívida pública daquele país suba para 108,8% em 2019, sem perspetivas de baixar dos 100% até 2023. Os dados constam do Fiscal Monitor, um documento que foi divulgado esta quarta-feira em Washington.
Conosaba/visao.sapo.pt


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