sexta-feira, 14 de junho de 2019

Impasse no parlamento: MISSÃO DA CEDEAO CHEGA EM BISSAU NO SÁBADO

Uma missão interministerial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chefiada pelo ministro nigeriano dos Negócios Estrangeiros, Geoffrey Onyeama, chega ao país no próximo dia 15 de junho (sábado) para mais uma ronda de mediação entre as formações políticas com assento na Assembleia Nacional Popular e com o intuito de ultrapassar o diferendo que se regista no concernente à formação da Mesa do Parlamento.

A missão que será igualmente integrada pelo Secretário-geral da Presidência da República da Guiné-Conacri, Nabi Youssouf Kiridi Bangoura, em representação do Presidente Alpha Conde [mediador da crise guineense] e do presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, vai tentar aproximar as partes desavindas no sentido de obter uma solução quanto à formação da Mesa do Parlamento.

A décima (X) legislatura iniciou no passado dia 18 de abril com o empossamento dos deputados e consequente eleição dos membros da Mesa, onde o Presidente e o primeiro vice-presidente (candidatos do PAIGC) foram eleitos com mais de 90 votos cada. Enquanto o candidato do MADEM para o segundo vice-presidente da Mesa do Parlamento, Braima Camará, foi reprovado.

Os cargos do primeiro e segundo secretários foram preenchidos pelos libertadores (PAIGC), facto que os renovadores (PRS) contestam e reclamam o posto do primeiro secretário à luz do regulamento da Assembleia Nacional Popular.

Volvidos três meses desde a realização das eleições legislativas, o Chefe de Estado, José Mário Vaz, não nomeou até agora o novo primeiro-ministro indicado pelo partido vencedor das eleições, alegando que se deve concluir primeiro a formação completa da Mesa da ANP.

Entretanto, a missão interministerial da CEDEAO durante a sua estada de algumas horas em Bissau vai reunir-se tanto com as autoridades nacionais como os atores políticos e em particular os responsáveis dos seis partidos que detém o assento no parlamento, de formas a inteirar-se de perto sobre o atraso na composição da mesa e a possível solução para ultrapassar o diferendo que opõe as partes responsáveis pelo o impasse na ANP.

Salienta-se que da última vez que a missão esteve no país foi em abril e no seu comunicado final exortou aos partidos com o assento parlamentar sobre a necessidade urgente de se concluir a formação da Mesa de Assembleia Nacional Popular, de acordo com os resultados saídos das urnas. E encorajou, na altura, a formação do novo executivo, depois da nomeação do Primeiro-ministro, com o intuito de fazer face aos desafios do desenvolvimento económico e social do país.

Por: Assana Sambú

Conosaba/odemocratagb

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