Angela Merkel foi reeleita ontem, terça-feira, presidente da União Democrata-Cristã (CDU), pela nona vez, com 89,5% dos 944 votos válidos, a percentagem mais baixa desde que é chanceler.
Como nos anos anteriores, a líder dos democratas-cristãos não teve concorrentes e vai agora iniciar novo mandato de dois anos.
Ao discursar no congresso em Essen, Merkel manifestou-se a favor da proibição do véu muçulmano que cobre o rosto “O véu integral deve ser banido em todo o lado onde for juridicamente possível fazê-lo”. “As nossas leis têm precedência sobre códigos de honra, tribais ou tradições de família, e sobre a sharia – isso tem de ser claramente explicitado”, frisou, ao acrescentar que essa precedência “também significa que é importante mostrar o rosto quando as pessoas se comunicam, disse a líder do CDU.
Relativamente à crise dos refugiados, Merkel assegurou que a situação vivida em meados do ano passado, quando a Alemanha recebeu 890 mil refugiados, “não deve e não pode repetir-se”. “Essa era e será a nossa e a minha meta política”, afirmou, sublinhando que os refugiados encontraram abrigo na Alemanha contra guerras, perseguições e falta de perspetivas nos seus países de origem, mas acrescentou que “nem todo refugiado pode ficar”.
A chanceler avisou ainda que a Europa “não aguenta uma segunda crise do euro” e que terá de ser evitada através do respeito pelas regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que incitam os governos a reduzir a dívida pública e a apresentar, em regra, Orçamentos equilibrados. “Não haverá novas crises se nos mantivermos dentro desse quadro”.
A CDU está reunida desde ontem, terça-feira, em congresso para lançar a batalha pela reeleição de Angela Merkel para um quarto mandato, nas eleições marcadas para Setembro de 2017.
Merkel está na liderança da CDU há 16 anos e há 11 à frente da Alemanha.
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