quinta-feira, 8 de maio de 2014

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: MALÁRIA PODERÁ BREVEMENTE SER ERRADICADA DA ILHA DE PRÍNCIPE


Lisboa - A malária poderá brevemente ser erradicada da Ilha de Príncipe, a segunda maior ilha do arquipélago de São Tomé e Príncipe, país onde "já quase ninguém" morre da doença, disse quarta-feira fonte governamental são-tomense.

O secretário regional para os Assuntos Sociais e Institucionais de São Tomé e Príncipe, Fernando Pina Gil, disse que a Ilha do Príncipe e o distrito de Lembá são as regiões do país que registam os "valores mais baixos" de casos de malária, pelo que "estão em fase pré-eliminação". 

"São regiões que apresentam um caso por 1000 por ano", disse à Lusa o médico
Fernando Pina Gil, que participou na segunda e terça-feira na reunião da Bioética nos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa. 

"A região de Lembá, como está num contexto territorial em São Tomé, acabou por não se considerar numa fase de pré-eliminação, mas a Ilha do Príncipe, que tem uma capacidade de controlo de fronteiras próprias, está em fase de pré-eliminação, portanto, a caminho da erradicação da doença", acrescentou. 

Há uma década, as autoridades são-tomenses e o Estado de Taiwan iniciaram um projecto de luta contra a malária, uma das áreas em que a cooperação com São Tomé e Príncipe é mais visível. 
Consequentemente, em 2006, a incidência anual da malária a nível nacional foi de 400 casos por mil habitantes, mas o último inquérito feito em 2013 o país registou 50 casos por mil, uma redução que o governante são-tomense considerou "importantíssima". 

"Tem havido um combate intra e extra domiciliária de modo regular. É isto que nos fez baixar a prevalência que neste momento é inferior a cinco por cento", justificou Fernando Pina Gil. 

Após a independência de São Tomé e Príncipe, em 1975, a malária e doenças infecciosas eram as principais causas de morte no país, mas "hoje em dia, à medida que fomos controlando as doenças infecciosas, vamos começando a ter doenças crónicas a surgirem problemas como as diabetes, hipertensão e, com muito fraca incidência, ainda doenças cardiovasculares", acrescentou.
Em janeiro de 2014, São Tomé e Príncipe e as autoridades de Cabo Verde foram premiados pela luta contra a malária, distinção atribuída pela Aliança de Líderes Africanos para a Malária.

http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/africa/2014/4/19/Malaria-podera-brevemente-ser-erradicada-Ilha-Principe,6120fa15-2892-4607-9849-e09ede32e71d.html

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