“Raptei as vossas raparigas. Vou vendê-las no mercado”: palavras do líder do movimento islamita radical Boko Haram, que reivindicou o rapto de perto de 300 adolescentes, em Abril, no nordeste da Nigéria.
Num vídeo com quase uma hora, cuja autenticidade ainda está a ser verificada, o líder do grupo extremista islâmico, Abubakar Shekau, afirma nomeadamente que crianças de nove anos serão vendidas para casar.
Uma das raparigas que conseguiu escapar aos raptores relatou que as jovens chegam a ser violadas 15 vezes por dia.
O presidente da Nigéria pediu o apoio da comunidade internacional e a Casa Branca afirma estar a acompanhar o que classifica de “afronta e horrível tragédia” e promete fazer todos os possíveis “para encontrar e libertar essas raparigas”.
As Nações Unidas também já apelaram a uma resposta “urgente” da comunidade internacional para que se possa “devolver com segurança as raparigas às suas casas”.
A população da maior economia africana está revoltada com a incapacidade das autoridades para deter o Boko Haram e dá voz à sua ira nas ruas de Abuja e Lagos.
Relatos não confirmados, afirmam que algumas raparigas já terão sido vendidas por 12 dólares cada, pouco mais de 8 euros.
O rapto ocorreu há três semanas, a 14 de abril, numa escola em Chibok, no Estado de Borno, uma região onde o Boku Haram é particularmente ativo. De acordo com as autoridades, 53 estudantes conseguiram fugir, 223 continuam em cativeiro.
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