Em muitos dos nossos
países africanos, os Pais Fundadores foram aqueles que nos orgulharam, porque
se bateram heroicamente contra o colonialismo e todos os males que comporta o
sistema colonial, para restaurar ao povo a liberdade brutalmente confiscada
pela violência armada.
Hoje em dia, a maior
parte dos “ditos políticos” que perfilam para o acesso ao poder político,
sobretudo à legislatura superior dos seus países, ou seja a presidência da
república, não são motivados senão pelo único objectivo de se apropriaram
daquilo que a todos nós pertente, em proveito próprio, da família e dos
próximos.
Uns são actores que
falharam nos sectores onde operavam, e outros são simples aventureiros com
fraca preparação académica e nenhuma experiência profissional digna do nome,
para melhor compreenderem as dinâmicas do mundo, nos seus vários aspectos.
Na Guiné-Bissau, é com
muito orgulho que menciono aqui nomes de alguns chefes de estado que pela sua
honestidade, patriotismo e entrega total à causa nacional, deixaram saudades e
que serão eternamente lembrados.
Que as respectivas
famílias me permitam, esses eternos heróis e exemplos de sacerdócio politico,
são os presidentes Luís Cabral, Nino Vieira, Kumba Yala, Malam Bacai Sanha, e
outros que, em circunstâncias muito especiais, estiverem transitoriamente a
frente desta pátria de Abel Djassi, os presidentes interinos ou de transição,
Henrique Rosa, Raimundo Pereira e Serifo Nhamadjo.
A esses, o povo deve
tirar o chapéu e implorar ao Todo Poderoso Allah/Deus que apareçam mais
postulantes à presidência da república com essa sublime motivação, para
permitir que os sonhos dos combatentes da liberdade da pátria, os sacrifícios
que consentiram durante os 11 anos de luta armada, alguns com a própria vida,
sejam realizados.
Plus jamais ça! Plus
jamais ça! Plus jamais ça!
Os Guineenses querem tudo
menos de altas figuras do Estado que em pleno exercício de funções, compram
tudo e mais alguma coisa, no país e no estrangeiro. Altas figuras que
aproveitando-se da impunidade existente no país, se aproveitam dos cargos para
se enriquecerem ilicitamente, roubando, convencidos de que o povo não vê.
És povo gora panha nan pé
diritu, i petali udju!
Enganados estão esses
gatunos, porque chegará um dia em que todos esses bens adquiridos com o
dinheiro do povo serão confiscados e reintegrados no património do Estado, para
servir o povo.
Como é que se admite que
alguém que não conseguiu operacional as suas empresas, de repente, aparece a
nossa frente como um grande investidor, só pelo facto de ter exercido alto
cargo e dele se ter aproveitado de tudo, incluindo dos apoios financeiros
exteriores para si, e não para o povo para o qual foi destinado?
Somos contra a violência
e o acesso ao poder politica, através do uso de armas.
Muitas vezes são esses
homens de armas na mão que facilitam e protegem o acesso ao poder politico a
esses “gatunos”. Mas também são esses próprios homens que, depois de estarem
fartos de ver o seu povo abusado e explorado, se revoltam e viram essas armas
contra esses ditos chefes de estado.
Foi o que tem acontecido
em relação a muitos golpes de estado no continente africano, particularmente em
dois países da sub-região, o Mali e a Guiné-Conakry. Por isso e que esses homens
armados, quando é assim, surgem como libertadores e defensores dos povos, dos
quais são oriundos e são parte integrante.
Aquilo que vem
acontecendo nos “pick-nicks”, ou seja, ditas Cimeiras da CEDEAO não passa de uma
diversão, porque em vez de curarem o mal deveriam preveni-lo. “Mieux prevenir
que guerir”, diria o Francês.
A pergunta, e muito legítima
pergunta, que aqui fazemos, é como e que a CEDEAO deixa que a situação se
apodreça para então intervir com o único objectivo de proteger um membro desses
clube de “futuceros”, aliás chefes de estado, uns impostos por serem
defensores dos interesses desta ou de outra potência ocidental?
Alem disso, quem não deve
não teme, e o remédio é de fazer as coisas como mandam as regras, cingindo-se
estritamente nos ditames constitucionais.
Que cessem os golpes de
estado, mas também que esses chefes de estado africanos que o destino colocou a
frente dos países membros da CEDEAO deixem a democracia se exprimir livremente,
que deixem funcionar as regras da democracia, para promover um melhor ambiente
de paz e estabilidade no funcionamento das instituições da republica!
Não é nenhum exagero
afirmar aqui categórica e corajosamente, que os poderes políticos africanos
querem manter sempre o povo no obscurantismo, na ignorância (falta és acesso à
escola), por isso é que no caso da Guiné-Bissau, nunca houve essa preocupação
de levar o ensino superior ao interior.
Neste momento em escrevo
este artigo, deveríamos ter pelo menos uma instituição de ensino superior em
cada uma das 3 províncias.
VAMOS CONTRIBUIR, CADA
CIDADAO A SUA MANEIRA, PARA DE UMA VEZ POR TODAS NAO VOLTARMOS A COMETER AS MESMAS
ASNEIRAS, VOTANDO PARA PESSOAS QUE SABEMOS DE ANTEMAO, TÊM COMO UNICO OBJECTIVO
ACUMULAR MAIS BENS AOS QUE JA TINHAM ROUBADO? PARA DEPOIS SER SE GABAREM DE
SEREM OS MAIS RICOS, QUANDO NA REALIDADE OS SEUS LUGARES DEVERIAM
SER NA PRISAO, E OS BENS
ACUMULADOS ILICITAMENTE CONFISCADOS E DEVOLVIDOS AO LEGITIMO PROPRIETARIO - O
POVO.
ISTO AQUI NAO É NENHUM
CHAMAMENTO À INSURREIÇAO, MAS SIM, A VIGIL NCIA.
VIVA GUINENDADI!
ABAIXO DITOS POLITICOS OU
DIRIGENTES SEM ESCRÚPULO!
Por: yanick Aerton

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